2022 será o ano dos Fundos Imobiliários? Especialistas analisam o cenário

Recentemente, alguns fatores vêm preocupando o mercado. Entre os motivos, estão as altas taxas de juros e a instabilidade política prevista, para o próximo ano, devido às eleições. Apesar disso, há especialistas que projetam que 2022 será o ano dos Fundos Imobiliários (FIIs).

2022 será o ano dos Fundos Imobiliários? Especialistas acreditam que sim
2022 será o ano dos Fundos Imobiliários? Especialistas acreditam que sim (Imagem: Montagem/FDR)

Ao longo deste ano, o cenário não tem favorecido os investimentos em renda variável, como os Fundos Imobiliários. No acumulado de 2021, o Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) já registra perda acima de 6%. Mesmo diante disso, há estimativas positivas para o próximo ano.

2022 será o ano dos Fundos Imobiliários?

Em evento da Wise Investimentos e BTG Pactual, transmitido pelo Monitor do Mercado, especialistas e gestores de fundos imobiliários alegam que agora é o momento de comprar fundos imobiliários.

Para agora, os convidados indicaram a compra de fundos de tijolos e investimentos em fundos de junfos (FOFs) que têm aplicações na área.

O FOF (Fund of Funds) representa um fundo de investimento que monta a carteira comprando outros fundos de investimentos. Já os de tijolo, de modo efetivo, possuem os imóveis.

Segundo o CEO da RBR Asset, Ricardo Almendra, a aplicação em um FOF é a melhor forma de comprar fundos de tijolos baratos. Almendra alega que eles proporcionam vantagens para a carteira. Isso por serem facilmente mensuráveis e devido ao mercado já haver descontado seu valor patrimonial.

Para quem aplicar em FIIs em 2022, o CEO da RBR Asset projeta que poderá haver um retorno próximo a 20% — entre o recebimento de dividendos e a apreciação das cotas. Conforme ele, a pessoa que entrar hoje, terá o dobro de rendimento da renda fixa.

Os especialistas acreditam que, mesmo que exista uma alta de tributação, ainda vale mais a pena ter FIIs do que NTNBs — Notas do Tesouro Nacional atreladas ao IPCA.

Para Ricardo Almendra, a métrica de um ativo não deve ser valor de mercado, mas a comparação com o custo de construção desse imóvel (metro quadrado, mão de obra, entre outros).

Ele ainda declara que “um bom ativo imobiliário não pode valer menos do que o custo de reposição num cenário estável”.

Silvio SuehiroSilvio Suehiro
Silvio Suehiro possui formação em Comunicação Social - Jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). Atualmente, dedica-se à produção de textos para as áreas de economia, finanças e investimentos.