Nesta terça-feira (30), o presidente da Petrobras, general Joaquim Silva e Luna, declarou que a estatal tem liberdade de gestão. Além disso, ele informou que a companhia entregará o que prometeu aos acionistas na nova política de dividendos. A declaração foi feita durante o Petrobras Day, em Nova York.
No início da apresentação para analistas, durante o evento da Petrobras, Luna foi perguntado sobre a governança da estatal, conforme apurado pelo Estadão. O presidente da companhia também foi questionado acerca das eleições do ano que vem.
Diante disso, ele afirmou que a Petrobras é acompanhada por diversos órgãos. Luna reforçou que, para o gerenciamento, a equipe possui todo o conforto e liberdade. O presidente da estatal desconsiderou os riscos políticos devido às eleições de 2022.
Segundo Luna, a Petrobras não vê risco de não entregar os dividendos. Ele argumenta que, na ocasião em que a estatal atingiu o nível de dívida — com um ano de antecedência —, a empresa assumiu o compromisso com os seus investidores.
No dia 24 de novembro, o Conselho de Administração da Petrobras aprovou a revisão da Política de Remuneração dos Acionistas.
A mínima anual passou a ser de US$ 4 bilhões para exercícios em que o valor médio do Brent for acima de US$ 40/bbl. A distribuição poderá ser independente do nível de endividamento — desde que cumpridos os princípios estabelecidos na política.
Petrobras aumenta investimentos no Plano Estratégico 2022-2026
Na última quarta-feira (24), o Conselho de Administração aprovou o Plano Estratégico para os próximos cinco anos. A estatal prevê investimentos de US$ 68 bilhões. A quantia é 24% maior do que registrado no mesmo período do plano anterior.
Ao segmento de exploração e produção de petróleo e gás natural, a Petrobras destinará US$ 57 bilhões entre 2022 e 2026. Durante o período, a empresa projeta o comissionamento de 15 novas plataformas.
Em comunicado, o presidente Silva e Luna declarou que “no horizonte do plano”, há a previsão de pagamentos de participações governamentais, dividendos e tributos à União — que equivalem a aproximadamente 58% da geração de caixa operacional da companhia.
Sendo assim, ele declara que a maior parte da geração de caixa das operações da Petrobras retorna ao “maior acionista, que é o Estado Brasileiro”.