Dois coordenadores do Inep foram demitidos dias antes da aplicação das provas do Enem 2021. Denúncias de assédio moral levaram o instituto a tomar essa decisão; saiba as implicações das demissões.
Há menos de 15 dias da aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio um fato tem preocupado os participantes das provas, mais um, na verdade, pois, a edição desse ano está cheia de polêmicas.
Agora, duas pessoas do alto escalão do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que estavam ligadas diretamente à aplicação do Enem 2021, foram exoneradas dos seus cargos.
Demissões no INEP
Pediram demissão o coordenador-Geral de Logística de Aplicação (do Enem e de outros exames), Hélio Júnio Rocha Morais, e o coordenador-geral de Exames para Certificação, Eduardo Carvalho Sousa.
Essas não são as primeiras baixas durante a organização para a aplicação do Enem 2021.
Em setembro, Daniel Miranda Pontes Rogerio pediu exoneração do cargo de coordenador de tecnologia do instituto.
Com isso, Humberto Carvalho assumiu o cargo, mas também pediu para sair em outubro.
Essas demissões acontecem em meio a um clima não muito agradável dentro do instituto. Pois, muitos funcionários têm alegado que sofre assédio moral.
Denúncias dentro do INEP
A situação é tão séria dentro do INEP que o presidente do instituto, Dupas Ribeiro, já foi denunciado pelos servidores por assédio moral e omissão.
Para os técnicos do INEP a aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio de 2021 e de outros exames podem estar em risco com o trabalho da atual gestão.
Veja abaixo um trecho da carta escrita pelos servidores:
“Para além de problemas aparecem que foram negligenciados ao longo da atual gestão do Inep, os servidores denunciam o assédio moral, o desmonte nas diretorias, a sobrecarga de trabalho e de funções e a desconsideração dos técnicos para a tomada de decisão”.
Vale lembrar que Dupas é o quarto a assumir o cargo desde o início do mandato do Preside Jair Bolsonaro; ele foi uma indicação do Ministro da Educação, Milton Ribeiro. Em outro trecho do documento os servidores mostram a preocupação com a aplicação dos exames produzidos pelo INEP.
“Alertamos, por fim, quanto ao risco de permanência de Danilo Dupas na presidência do Inep, por ter uma gestão caracterizada por afugentar e oprimir pessoas, o que gera vulnerabilidades aos exames, avaliações, censos e estudos“, diz a carta.
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