Greve dos caminhoneiros! Acompanhe protestos e paralisações em todo Brasil

Nova greve é iniciada no país. Nesta segunda-feira (01), os caminhoneiros paralisaram seus serviços como uma forma de protesto contra o governo federal. A ação já tinha sido anunciada há semanas, sob falha tentativa de reparo do presidente Jair Bolsonaro. Não se sabe até quando a classe ficará sem trabalhar.

Com a gasolina sendo vendida a mais de R$ 7 o litro, os caminhoneiros finalmente entraram em greve. A medida vem sendo anunciada há semanas, mas até então não contou com a adesão significativa da classe.

Porém, após Bolsonaro propor um auxílio diesel de apenas R$ 400, o movimento foi implementado.

Caminhoneiros em greve

O principal motivo da paralisação é a reivindicação da política de preços para os combustíveis. Presidente da Abrava (Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores), Wallace Landim explica que o governo vem tornando o trabalho de classe totalmente inviável.

“Nós viemos de um trabalho de unificação da pauta da categoria e, com certeza, cada dia que passa está crescendo mais [o engajamento], porque não está ruim só para o transportador, está ruim para todo mundo, a nossa família também está sofrendo”, diz.

Segundo ele, a principal reivindicação dos motoristas é em relação ao preço do combustível. “Se o governo não sinalizar nada até dia 31 [domingo] agora, no dia 1º [segunda-feira] estamos na rua, porque agora é uma pauta de sobrevivência”, afirma em entrevista para a Folha de São Paulo.

Ainda não se sabe até quando o movimento irá durar, tendo em vista os laços políticos dos caminhoneiros com a gestão de Bolsonaro. No entanto, o clima entre eles está cada vez mais tenso e instável, fazendo com que parte deixe de apoiar seu mandado.

Auxílio Diesel insuficiente

Ciente da tentativa de greve, Bolsonaro anunciou a consolidação do Auxílio Diesel. O benefício terá um valor de R$ 400 e deverá ser ofertado a partir de novembro. O público alvo contemplado serão os caminhoneiros que atuam de forma autônoma, sem vinculação a empresas.

A previsão é de que cerca de 750 mil pessoas sejam contempladas e o valor deve ser repassado por meio de um cartão que deveria ser utilizado para o abastecimento. Ao receberem a notícia do benefício, os caminhoneiros reagiram negativamente, o que justifica a permanência pela greve.

“Ele [Bolsonaro] está muito mal assessorado. Se alguém do governo o orientou achando que conseguiria desarticular a greve prometendo R$ 400, está muito enganado. Os grupos estão ‘pegando fogo’. O pessoal não quer mais nem esperar o dia 1º”, afirma o caminhoneiro Marcelo Paz, líder autônomo que atua na região da Baixada Santista.

Os tanqueiros também estão querendo paralisar em São Paulo a partir de amanhã [sexta-feira, 22] e os de Espírito Santo também”, acrescenta.

Quais rodovias estão bloqueadas

Na manhã dessa segunda-feira, 1, o Ministério da Infraestrutura divulgou uma nota oficial informando que a Polícia Rodoviária Federal havia dispersado alguns pontos de bloqueios. Entre eles, um na rodovia Dutra, na altura de Barra Mansa (RJ) e outro em Goiânia.

Entre outros motivos, a adesão a greve dos caminhoneiros ainda é considerada baixa. No domingo (31) o governo federal conseguiu emitir 29 liminares na Justiça contra os bloqueios em rodovias, portos e refinarias.

Por tanto, quem deseja pegar estrada nesta véspera de feriado, não deve ter transtornos.

Eduarda AndradeEduarda Andrade
Mestre em ciências da linguagem pela Universidade Católica de Pernambuco, formada em Jornalismo na mesma instituição. Atualmente se divide entre a edição do Portal FDR e a sala de aula. - Como jornalista, trabalha com foco na produção e edição de notícias relacionadas às políticas públicas sociais. Começou no FDR há três anos, ainda durante a graduação, no papel de redatora. Com o passar dos anos, foi se qualificando de modo que chegasse à edição. Atualmente é também responsável pela produção de entrevistas exclusivas que objetivam esclarecer dúvidas sobre direitos e benefícios do povo brasileiro. - Além do FDR, já trabalhou como coordenadora em assessoria de comunicação e também como assessora. Na sua cartela de clientes estavam marcas como o Grupo Pão de Açúcar, Assaí, Heineken, Colégio Motivo, shoppings da Região Metropolitana do Recife, entre outros. Possuí experiência em assessoria pública, sendo estagiária da Agência de Desenvolvimento Econômico do Estado de Pernambuco durante um ano. Foi repórter do jornal Diário de Pernambuco e passou por demais estágios trabalhando com redes sociais, cobertura de eventos e mais. - Na universidade, desenvolve pesquisas conectadas às temáticas sociais. No mestrado, trabalhou com a Análise Crítica do Discurso observando o funcionamento do parque urbano tecnológico Porto Digital enquanto uma política pública social no Bairro do Recife (PE). Atualmente compõe o corpo docente da Faculdade Santa Helena e dedica-se aos estudos da ACD juntamente com o grupo Center Of Discourse, fundado pelo professor Teun Van Dijk.