Governo afirma está perdido com implementação de seu novo projeto social. Nessa semana, o relator da Medida Provisória (MP) do Auxílio Brasil na Câmara dos Deputados, Marcelo Aro, criticou a equipe econômica responsável por determinar o orçamento do projeto. Segundo ele, há um total silêncio por parte da equipe de Paulo Guedes que não sabe o que fazer com o orçamento da União.
A consolidação do Auxílio Brasil permanece como uma grande dor de cabeça para o ministro da economia, Paulo Guedes. Sua popularidade entre os próprios servidores e demais políticos vem declinando. Na Câmara dos Deputados os parlamentares afirmam que o gestor está perdido e criticam seu silêncio quanto ao futuro social do país.
Guedes vira alvo do governo
De acordo com Marcelo Aro, o atual ministro da economia não está conseguindo dialogar com os integrantes do governo para definir a pasta orçamentária do Auxílio Brasil. Ele explicou que nesse momento ao menos uma ligação poderia ser suficiente para que a Câmara pudesse entender seus planos.
“O Ministério da Economia está em silêncio. Eu não recebi um único telefonema do Ministério da Economia desde sexta-feira”, disse o deputado em entrevista à Reuters nesta terça-feira (26).
“É, assim, algo incrível, é assustador, a palavra é essa: é assustador o silêncio do Ministério da Economia em relação a isso“, afirmou. “Eu digo mais, eu não acho que eles não estejam se comunicando por má fé, não. É porque nem eles sabem o que eles vão fazer. Acho que eles estão completamente perdidos. Estão tentando achar uma solução para o problema, é isso que está acontecendo”, concluiu.
Novas alternativas estão sendo propostas para o Auxílio Brasil
O parlamentar explicou ainda que diante de tal cenário é preciso criar estratégias para novos caminhos. Ele sugere a possibilidade de um programa social permanente com um orçamento mais reduzido para que posteriormente seja encontrada uma brecha fiscal que não viole a constituição.
“Provavelmente não, não posso afirmar com certeza, dependo das minhas próximas conversas com o Ministério da Cidadania e o Ministério da Economia“, disse, questionado se o parecer definirá um valor para o auxílio.
“Mas o que estou fazendo para me blindar: enquanto eu não sei números, vou ficar na discussão do mérito. E se até o dia de eu apresentar meu relatório o governo não vier com uma solução saudável orçamentária, ficarei tão somente com a discussão do mérito e deixo eles darem as respostas orçamentárias.”