Eleições 2022: Doria diz que se for eleito irá privatizar o Banco do Brasil e Petrobras

O atual governador do Estado de São Paulo (SP), João Doria, é pré-candidato à presidência da República no pleito eleitoral de 2022. Nos últimos dias, ele declarou ao site Correio Braziliense que se for eleito irá se empenhar na privatização do Banco do Brasil (BB) e da Petrobras. 

Em justificativa, ele disse que a privatização é necessária para não tornar o monopólio público em privado, mas sim para implementar um sistema que possibilite a repartição da Petrobras em várias empresas, colocando-a em um leilão internacional da Bolsa de Valores do Brasil. Dória ainda ressaltou que esta medida já tem sido adotada nos Estados Unidos da América (EUA). 

O governador de São Paulo também defendeu a criação de um fundo regulatório com o objetivo de equilibrar o valor dos combustíveis e o gás de cozinha mediante a possibilidade de um aumento no mercado internacional.

Vale ressaltar que a intenção de privatizar a Petrobras não é novidade, pois Dória já tem mencionado esse desejo em um passado não muito distante. 

“Além da empresa dividida, defendo a obrigatoriedade da formação de um fundo regulador. Quando houver aumento do petróleo nas cotações do mercado internacional, esse fundo regulador impedirá que o aumento se reflita imediatamente no preço do combustível ou do gás”, ponderou. 

Segundo Dória, a criação de um fundo regulatório é fundamental para equilibrar o valor cobrado pelos combustíveis e pelo gás de cozinha, promovendo a equidade perante o mercado internacional.

O governador de São Paulo explicou que, na prática, quando houver algum aumento no petróleo nas cotações do mercado internacional, o fundo regulador bloqueará o impacto deste aumento diretamente nos produtos mencionados. 

Ele ainda completou reconhecendo que não pode falar em nome do partido o qual faz parte, mas que a privatização do Banco do Brasil (BB) também é praticamente certa caso chegue à presidência da República. Dória disse que a estrutura e equipe do BB é boa, mas não há necessidade de ter dois bancos, a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco do Brasil. 

Enquanto isso, ele disse que o Banco Nacional do Desenvolvimento Social (BNDES) pode ser reestruturado, com o propósito de cumprir o propósito indicado por meio do próprio nome, o de desenvolvimento socioeconômico, sobretudo, no que diz ao amparo das micro, pequenas e médias empresas. Desta forma, o BNDES terá o papel de regulador no mercador financeiro do país.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.