Governo prevê criar auxílio com parcelas de R$ 400 até 2022

Em meio à pressão quanto ao fim do auxílio emergencial que está com os dias contados, 13 dias exatamente, o Governo Federal busca alternativas para a promoção de uma transferência de renda.

Governo prevê criar auxílio com parcelas de R$ 400 até 2022
Governo prevê criar auxílio com parcelas de R$ 400 até 2022. (Imagem: FDR)

Ainda que se tratem de medidas temporárias, o objetivo do momento é não deixar a população em situação de vulnerabilidade social totalmente desamparada enquanto os efeitos da pandemia continuam evoluindo. 

Neste contexto, a equipe técnica do Governo Federal estuda promover duas parcelas extras de um auxílio, o que seria o novo Bolsa Família.

Essas duas parcelas seriam pagas dentro e fora do teto de gastos, regra que estabelece um limite para que as despesas se mantenham junto às variações da inflação. Caso essa proposta seja aprovada, os beneficiários teriam direito a receber cerca de R$ 400 no ano que vem.

Vale lembrar que 2022 é ano de eleições, fator que influencia nas investidas de Bolsonaro e sua equipe no Palácio do Planalto, visando a reeleição à presidência da República. Portanto, se engana quem pensa que as tratativas consistem, exclusivamente, na benfeitoria do chefe do Executivo nacional. 

Porém, a ideia é apenas mais uma das tantas sugestões em análise pelos líderes partidários em um momento crítico e tenso no qual correm contra o tempo sem chegar a um consenso.

No que compete ao auxílio de R$ 400 em 2022, é importante ter em mente que, embora seja uma alternativa que agrade alguns, especialmente a população vulnerável socialmente, para a equipe do Ministério da Economia, este valor pode ser um entrave. 

Isso porque, a equipe do ministro Paulo Guedes, tem o costume de barrar qualquer alternativa de auxílio que mencione ultrapassar o teto de gastos, por esta razão, a ala política do Governo Federal pretende enfraquecer o político.

Alguns se mobilizam, até mesmo, para a demissão de Guedes, alegando que ele não está mais em condições de permanecer no cargo, e que esta seria a única maneira de Bolsonaro conseguir o apoio da população e se reeleger em 2022. 

Contudo, Bolsonaro descartou a ideia de demitir Paulo Guedes, pois no entendimento dele precisaria nomear alguém com uma linha de frente forte e completamente oposta à de Guedes, e por hora, não há ninguém à vista com esse perfil.

Por outro lado, Bolsonaro mencionou a possibilidade de prorrogar o auxílio emergencial, cujos valores de 2021 são: R$ 150, R$ 250 e R$ 375, quantias que amparam 39 milhões de brasileiros. 

Os debates ocasionados pela ala política quanto a um auxílio temporário a caráter complementar, tem se fortalecido desde o último sábado, 16. As parcelas extras seriam pagas a caráter complementar ao Auxílio Brasil, sendo uma delas fora do teto de gastos.

A intenção do momento é pagar o novo Bolsa Família em um valor médio que seja compatível ao atual Orçamento de R$ 35 bilhões. Mas para isso, as parcelas precisam ser de R$ 194,45, não muito além do valor original da bolsa que é de R$ 189. 

Uma fonte do Governo Federal informou ao Estadão que, além das duas parcelas de R$ 194,45, haveria outras duas no valor de R$ 100 cada, destinadas aos futuros beneficiários do Auxílio Brasil, que pode ser ampliado com o propósito de contemplar 17 milhões de famílias brasileiras. 

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.