Reforma do imposto de renda poderá não contribuir com o orçamento do Auxílio Brasil. Nessa semana, o relator do projeto que atualizará o IRPF, o senador Angelo Coronel (PSD-BA), esteve em reunião com o ministro da economia, Paulo Guedes. Na pauta, debateram sobre o futuro social do país.
A reformulação do imposto de renda tem sido vista pelo governo federal como a principal alternativa para arrecadar orçamentos de custeio para o Auxilio Brasil.
Diante do teto orçamentário determinado pelo Congresso Nacional, a equipe econômica precisará enxugar as contas e aumentar seus lucros.
Imposto de renda sofrerá modificações
Diante da necessidade de arrecadar fundos, começou a ser trabalhado o texto do projeto que valida a reforma tributária. O responsável pela mudança é o senador Angelo Coronel que não garantiu levantar todos os recursos necessário para a consolidação do Auxílio Brasil.
“O governo tem a tese de que, se aprovarmos essa reforma, ficará em condições técnicas para implantar o Auxílio Brasil. Não podemos também apresentar o relatório com muita rapidez sem analisar. Termina virando irresponsabilidade minha”, afirmou o senador após se reunir com Guedes.
Segundo ele, será preciso ainda analisar os números de perdas e ganhos mediante as mudanças no IR. Somente após a apresentação desses dados é que o governo poderá determinar como serão feitos os repasses.
“Tenho várias reuniões marcadas com entidades de classe empresariais e, depois de ouvir, com mais de 10 a 15 dias apresentar o relatório”, disse ele ao UOL.
Angelo pontuou ainda esperar que com a reforma a União consiga custear o novo Bolsa Família, mas deixou claro que essa tomada de decisão deverá ser analisada delicadamente.
“Tecnicamente há espaço, mas vai ter que sacrificar algumas áreas da economia. São esses prejuízos que vamos avaliar, quantificar para ver ser há necessidade dessa reforma ser aprovada com celeridade“.
Sobre o Auxílio Brasil
O novo projeto, se conseguir aprovar seus orçamentos, deve passar a operar a partir de novembro. A previsão é de que ele contemple cerca de 17 milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade. Segundo o presidente Jair Bolsonaro serão concedidas mensalidades de R$ 300 por titular.