Guedes diz que para início do Auxílio Brasil, Poderes terão que cooperar

O ministro da Economia, Paulo Guedes, declarou que precisa do apoio dos Poderes para abrir espaço no Orçamento para que o Auxílio Brasil possa vigorar. Segundo Guedes, é necessária a aprovação da PEC dos Precatórios e a Reformulação do Imposto de Renda.

Guedes diz que para início do Auxílio Brasil, Poderes terão que cooperar
Guedes diz que para início do Auxílio Brasil, Poderes terão que cooperar (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O ministro Paulo Guedes participou do evento da Caixa Econômica Federal no Palácio do Planalto na última segunda-feira (27). Durante a ocasião, aproveitou para falar sobre a aprovação do Auxílio Brasil.

Segundo Guedes é necessária a cooperação entre Executivo, Legislativo e Judiciário para que a da PEC dos Precatórios e a Reformulação do Imposto de Renda sejam aprovadas. Com isso, será possível conseguir “espaço fiscal” e “ fonte de recursos”.

“O reforço do Auxílio Brasil exige a cooperação dos Poderes. Precisamos do Congresso, da interpretação do Supremo Tribunal federal (STF)”, declarou Guedes durante o evento da Caixa no Palácio do Planalto.

O Auxílio Brasil é a aposto do atual governo para a reeleição de 2022. Além disso, visa substituir o programa assistencial Bolsa Família criado pelo ex-presidente Lula (PT), principal concorrente do próximo ano.

A ideia é que o Bolsa Família seja ampliado no número de beneficiários e na média de pagamento. Atualmente, o programa contempla 14,6 milhões de famílias em situação de pobreza e extrema pobreza.

Segundo o Ministro da Cidadania, João Roma, a projeção é que mais 2 milhões de famílias sejam beneficiadas com a ampliação. Dessa maneira, os que já são contemplados pelo Bolsa Família farão apenas uma migração automática.

O Bolsa Família paga valores variáveis aos beneficiários, conforme a composição familiar. Porém, a média de pagamento é de R$ 190. A proposta do governo é ampliar essa média para R$ 285 ou R$ 300. Para isso, novos benefícios serão criados e irão substituir os que hoje vigoram:

  • Benefício Primeira Infância: pago às famílias com crianças entre zero e 36 meses incompletos;
  • Benefício Composição Familiar: pago às famílias com jovens até 21 anos;
  • Benefício de Superação da Extrema Pobreza: complemento financeiro para as famílias que recebem benefícios, mas que mesmo assim, a renda familiar per capita não supera a linha de pobreza extrema;
  • Bolsa de Iniciação Científica Junior: 12 parcelas mensais pagas a estudantes beneficiários do Auxílio Brasil com bom desempenho em competições acadêmicas e científicas;
  • Auxílio Criança Cidadã: benefício pago aos chefes de família que consigam emprego e não encontrem vagas em creches para deixar os filhos de 0 a 48 meses;
  • Auxílio Inclusão Produtiva Rural: pago por até 36 meses aos agricultores familiares inscritos no CadÚnico;
  • Auxílio Inclusão Produtiva Urbana: para beneficiários do Auxílio Brasil que comprovem que têm emprego com carteira assinada;
  • Benefício Compensatório de Transição: pago aos atuais beneficiários do Bolsa Família que perderem parte do valor recebido por conta das mudanças trazidas pelo novo programa;
  • Auxílio Esporte Escolar: destinado a estudantes entre 12 e 17 anos que sejam membros de famílias beneficiárias e que se destacarem nos Jogos Escolares Brasileiros.

Glaucia AlvesGlaucia Alves
Formada em Letras-Inglês pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). Atuou na área acadêmica durante 8 anos. Em 2020 começou a trabalhar na equipe do FDR, produzindo conteúdo sobre finanças e carreira, onde já acumula anos de pesquisa e experiência.