Nesta quinta-feira, 15, quatro linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CTPM) do Estado de São Paulo, estão paralisadas devido à greve dos ferroviários. A ação teve início à meia-noite e não tem previsão para ser encerrada.
Até o momento, as linhas paralisadas são: 7-Rubi, 8-Diamante, 9-Esmeralda e 10-Turquesa. A decisão sobre iniciar a greve dos ferroviários foi tomada na noite da última quarta-feira, 14, durante uma audiência com a participação dos sindicatos da classe junto ao Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-SP).
Após longos debates os envolvidos não conseguiram chegar a um consenso durante a reunião, o que resultou na greve dos ferroviários. Na oportunidade, o presidente interino do Sindicato da Sorocabana, José Claudinei Messias, explicou que o Tribunal sugeriu que houvesse a reposição do salário dos ferroviários na margem de 6,22%, mas a proposta não foi bem vista nem aceita pela CPTM.
“A categoria está cansada de tanto desrespeito e decidiu parar o serviço a partir da 0 hora desta quinta”, declarou José Claudinei Messias.
A CPTM também se posicionou sobre a greve dos ferroviários, alegando que não é a favor da atitude. A Companhia ainda informou que uma deliberação da Justiça do Trabalho requer que as linhas ferroviárias sejam mantidas com a participação de até 80% dos trabalhadores durante os horários de pico, e em 60% nos demais horários.
Em caso de descumprimento desta norma, há a incidência de uma multa diária no valor de R$ 100 mil.
A empresa ainda informou que fará atualizações constantes sobre a greve dos ferroviários no decorrer desta quinta-feira, 15, pois irá recorrer a um plano de contingência com o objetivo de atender todos os cidadãos que precisam de um transporte público, sobretudo, os profissionais que atuam em serviços essenciais à população.
Neste sentido, as linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade continuam funcionando normalmente.
A CPTM ainda alegou que não acionaria o sistema Paese de ônibus para auxiliar na demanda em virtude das linhas paralisadas pela greve dos ferroviários. A justificativa dada foi de que as linhas afetadas são responsáveis por longos trajetos.
A empresa declarou que solicitou apenas o apoio da frota municipal perante a SPTrans, embora a empresa tenha informado que até às 07h20 desta manhã não havia recebido nenhum pedido.
Porém, a mesma estabeleceu que todas as empresas de ônibus de São Paulo mantenham a operação da frota 100% ativa no decorrer desta quinta-feira.
Maiores detalhes sobre a quantidade de ferroviários que aderiram à greve ainda não foram repassados pelos envolvidos.
No entanto, a situação já causou tumulto na manhã de hoje, sobretudo na estação Grajaú, na linha 9-Esmeralda, onde os passageiros se aglomeraram na tentativa de conseguir um transporte para chegar a tempo no trabalho.