O calendário de vacinação da Covid-19 foi ampliado na capital mineira. Desta quinta-feira, 17, em diante, grávidas a partir da 29ª semana de gestação e puérperas, ambas sem comorbidades, podem ser imunizadas em Belo Horizonte (BH).
Com esta medida, a Prefeitura de Belo Horizonte visa imunizar cerca de seis mil mulheres integrantes destes grupos. No total, BH já identificou mais de 22 mil grávidas e puérperas que poderão receber as doses da Pfizer mediante apresentação de laudo médico.
“À medida que a Prefeitura for recebendo novas remessas de vacinas contra a Covid (Pfizer ou Coronavac), outros grupos de gestantes sem comorbidades serão imunizados”, informou a prefeitura em nota.
A administração municipal reforça que no ato da vacinação da Covid-19 essas mulheres devem apresentar a prescrição médica autorizando a aplicação da vacina junto a um documento de identidade pessoal com foto.
No entanto, é preciso que essas mulheres se enquadrem nos seguintes critérios:
- Residam em Belo Horizonte;
- Não tenham recebido nenhuma outra dose da vacina da Covid-19;
- Não tenham recebido qualquer outra vacina pelo período mínimo de 14 dias;
- Não ter contraído Covid-19 com sintomas iniciais nos últimos 30 dias.
Lembrando que também é preciso apresentar algum documento capaz de comprovar o estado gestacional. É o caso da carteira de acompanhamento da gestante/pré-natal ou laudo médico conforme mencionado.
Enquanto isso, as puérperas devem apresentar a Declaração de Nascido Vivo (DNV), certidão de nascimento ou de óbito.
As integrantes do atual grupo de vacinação devem se dirigir a um dos pontos fixos instalados na capital mineira entre o período de 07h30 às 16h30. Enquanto isso, o funcionamento do drive-thru será das 08h às 16h30.
Embora os locais de vacinação ainda não tenham sido divulgados, em breve estarão listados no site da Prefeitura de BH.
Embora alguns Estados e municípios brasileiros tenham decidido ampliar a vacinação da Covid-19 para as lactantes, a Prefeitura de Belo Horizonte declarou que ainda não há nenhuma previsão para a inclusão dessas mulheres no esquema vacinal do município. BH segue as diretrizes do Plano Nacional de Imunização (PNI) elaborado pelo Ministério da Saúde.
As grávidas e puérperas foram incluídas no PNI há algumas semanas, no entanto, devido à suspeita de mortes causadas pelo uso da vacina AstraZeneca, o Governo Federal suspendeu a aplicação do imunizante neste grupo.
A atitude foi tomada com base na recomendação feita pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na primeira quinzena de maio.
Segundo dados apurados pelo DataSus, a taxa de letalidade de gestantes e puérperas é de 105,3%, o dobro se comparado à população geral do Estado de Minas Gerais (MG).
Somente no ano passado, foram contabilizados 25 óbitos de gestantes em MG. Este número aumentou para 124 apenas nos cinco primeiros meses de 2021, ou seja, 416%.
Ao analisar o cenário nacional, a situação é ainda pior, a taxa de letalidade da Covid-19 entre gestantes e puérperas é de 7,2%. Este número é muito maior do que a taxa de letalidade pela doença no público geral em todo o Brasil, que é de 2,8%.