SãO PAULO (SP) — A pressão baixa, também chamada de hipotensão, é uma condição que muitas pessoas acabam subestimando. Embora comumente associada a sintomas como cansaço e tontura, em algumas situações, ela pode ser um risco para a saúde. Saber identificar os sinais e entender quando ela pode se tornar perigosa, especialmente para idosos, é essencial.
O que é pressão baixa e quando ela se torna perigosa?
A pressão arterial é medida por dois valores: a pressão sistólica (número maior), que indica a força do sangue nas artérias quando o coração bate, e a pressão diastólica (número menor), que mede a pressão nas artérias quando o coração está em repouso entre as batidas.
Para uma pressão arterial considerada normal, os valores devem estar abaixo de 120/80 mmHg. Quando a pressão sistólica está abaixo de 90 mmHg ou a diastólica abaixo de 60 mmHg, considera-se que a pessoa tem pressão baixa.
Em muitos casos, a pressão baixa pode não ser grave, mas quando os valores caem ainda mais, ela pode representar riscos maiores à saúde. Isso é particularmente verdade quando a pressão baixa afeta o fluxo sanguíneo para órgãos vitais, como o cérebro e o coração.
Sintomas comuns da pressão baixa
A pressão baixa pode apresentar sintomas variados. Alguns dos mais comuns incluem:
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Tontura: Surge quando o fluxo sanguíneo não é suficiente para manter o equilíbrio do corpo.
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Cansaço extremo: A falta de oxigênio nos músculos e no cérebro pode resultar em cansaço constante, mesmo em atividades simples.
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Visão embaçada: A circulação sanguínea inadequada pode afetar a visão, tornando difícil enxergar com clareza.
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Desmaios: Em casos graves de hipotensão, o desmaio pode ocorrer devido à falta de oxigênio no cérebro.
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Náuseas: O fluxo sanguíneo insuficiente também pode afetar o sistema digestivo, causando mal-estar.
Se esses sintomas aparecerem frequentemente ou com maior intensidade, é crucial procurar ajuda médica imediatamente.
Quais são os riscos para a saúde?
Embora a pressão baixa nem sempre cause danos imediatos, ela pode ser perigosa se não for tratada adequadamente. Entre os principais riscos, estão:
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Desmaios frequentes: A hipotensão pode levar a desmaios, aumentando o risco de quedas e lesões, especialmente em idosos.
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Problemas cardíacos: Quando a pressão arterial está muito baixa, o coração pode ter dificuldades em receber oxigênio e nutrientes, o que eleva o risco de arritmias e outros problemas cardíacos.
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Danos aos órgãos: A redução do fluxo sanguíneo pode prejudicar órgãos vitais, como rins e fígado, levando a complicações graves.
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Acidente vascular cerebral (AVC): Em casos extremos, a pressão baixa pode interromper o fornecimento de oxigênio ao cérebro, aumentando o risco de AVC.
A pressão baixa é particularmente arriscada para os idosos, que têm um risco maior de complicações como quedas e problemas cardíacos. Além disso, ela pode estar associada a outras condições, como diabetes e doenças cardíacas, tornando o acompanhamento médico ainda mais crucial.
Por que buscar acompanhamento médico?
Caso esteja apresentando sintomas de pressão baixa ou se esses sintomas piorarem, é fundamental procurar um médico.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são essenciais para controlar a pressão arterial e evitar complicações graves. O médico pode recomendar mudanças no estilo de vida, ajustes alimentares e, em alguns casos, medicamentos para aumentar a pressão arterial.
O acompanhamento médico também é importante para identificar a causa da pressão baixa, que pode ser resultado de desidratação, problemas hormonais, doenças cardíacas, entre outras condições.
Somente um médico pode definir o melhor tratamento, prevenindo que o quadro evolua para algo mais grave. Por isso, nunca ignore os sinais do seu corpo.
A pressão baixa pode ser tratada de forma eficaz, mas o acompanhamento médico é essencial para garantir que sua saúde esteja sempre protegida.