ARAGUARI, MG — O governo federal apresentou, por meio do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2026, a previsão de que o salário mínimo será ajustado para R$ 1.630 no próximo ano. Esse valor representa um aumento de R$ 112 em relação ao piso atual de R$ 1.518, vigente em 2025.
A proposta, enviada ao Congresso Nacional em abril de 2025, segue a política de valorização do salário mínimo, que considera a inflação acumulada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) e o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores, limitado a um aumento real de 2,5% acima da inflação.
Reajuste do salário mínimo: composição e cálculo
O reajuste proposto para o salário mínimo em 2026 é composto por uma estimativa de 4,76% de inflação, medida pelo INPC até novembro de 2025, acrescida de um aumento real de 2,5%, conforme estabelecido pelo novo arcabouço fiscal . Essa combinação resulta em um aumento nominal de 7,37% em relação ao valor atual.
A política de valorização do salário mínimo tem como objetivo preservar o poder de compra dos trabalhadores e promover a distribuição de renda no país. No entanto, o crescimento real do salário mínimo é limitado a 2,5% para garantir a sustentabilidade das contas públicas.
Impacto do novo salário mínimo na economia
O aumento do salário mínimo para R$ 1.630 em 2026 terá impactos significativos na economia brasileira. Além de beneficiar diretamente os trabalhadores que recebem o piso nacional, o reajuste influencia positivamente o consumo interno, uma vez que aumenta o poder de compra da população.
Entretanto, o reajuste também implica em aumento de despesas para o governo, especialmente em relação aos benefícios previdenciários e assistenciais que são atrelados ao salário mínimo. Para mitigar esse impacto, a nova regra de valorização do salário mínimo estabelece um teto para o aumento real, visando manter o equilíbrio das contas públicas.
Repercussão entre trabalhadores e sindicatos
A divulgação da nova previsão do salário mínimo foi recebida com entusiasmo por trabalhadores e representantes sindicais. Para muitos, o reajuste representa uma conquista importante na luta por melhores condições de vida e trabalho. Entidades sindicais destacaram que, embora o aumento real de 2,5% seja modesto, ele sinaliza um compromisso do governo com a valorização do trabalho e a redução das desigualdades sociais.
Trabalhadores de diferentes setores expressaram satisfação com o novo valor, ressaltando que o aumento contribuirá para enfrentar os desafios econômicos do dia a dia, como o custo de vida elevado e a necessidade de manter o orçamento familiar equilibrado.
Perspectivas futuras para o salário mínimo
O governo federal também apresentou projeções para o salário mínimo nos anos seguintes. Segundo o PLDO, o piso salarial será de R$ 1.724 em 2027, R$ 1.823 em 2028 e R$ 1.925 em 2029 . Essas projeções seguem a lógica de manter a correção do salário mínimo de acordo com a inflação, com uma adição de ganho real, respeitando os limites estabelecidos pelo arcabouço fiscal.
Especialistas apontam que, para os próximos anos, a continuidade dessa política dependerá do desempenho da economia brasileira e da capacidade do governo de equilibrar as demandas sociais com a responsabilidade fiscal. A expectativa é de que o salário mínimo continue sendo um instrumento importante na promoção da justiça social e na redução das desigualdades no país.
A proposta de reajuste do salário mínimo para R$ 1.630 em 2026 representa um avanço na política de valorização do trabalho no Brasil. Embora o aumento real seja limitado, ele demonstra o compromisso do governo com a melhoria das condições de vida da população e com a promoção da justiça social. A medida também evidencia a busca por um equilíbrio entre as necessidades sociais e a sustentabilidade fiscal, um desafio constante na gestão das políticas públicas.
Aprovação do novo salário mínimo
A proposta que define o novo salário mínimo ainda precisa passar pela análise da Comissão Mista de Orçamento e ser aprovada pelo Congresso até julho. O deputado Carlos Zarattini é o responsável pela relatoria do texto. O valor exato do novo salário mínimo só será confirmado após a divulgação oficial da inflação de 2025, prevista para novembro.
Até lá, o número pode ser ajustado conforme os indicadores econômicos. Já a dívida pública, atualmente em 78,5% do PIB, tende a crescer até alcançar 84,2% em 2028. A partir desse ponto, o governo projeta uma queda gradual, apoiada no controle fiscal e no reajuste responsável do salário mínimo.
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