ARAGUARI, MG — O governo brasileiro anunciou a proposta de um novo salário mínimo de R$ 1.630 para o ano de 2026, conforme o Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO). Essa mudança representa um aumento de 7,37% sobre o valor atual de R$ 1.518.

A medida visa ajustar o poder de compra dos trabalhadores, considerando uma inflação de 4,76%, conforme o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Com esse reajuste, o ganho real esperado seria de 2,5%.
A definição do novo salário mínimo segue uma regra retomada em 2023, que considera a inflação medida pelo INPC até novembro do ano anterior e o crescimento do PIB de dois anos antes. Essa fórmula busca preservar o poder de compra dos trabalhadores. Apesar disso, o piso salarial está sujeito a restrições do arcabouço fiscal, que impõe limites ao aumento real. Mesmo com a economia em alta, os reajustes devem ficar entre 0,6% e 2,5%.
Perspectiva de salário mínimo para os próximos anos
O novo salário mínimo deverá seguir uma trajetória de crescimento nos próximos anos, segundo projeções do projeto de lei orçamentária. A estimativa aponta para R$ 1.724 em 2027, R$ 1.823 em 2028 e R$ 1.925 em 2029.
Embora esses valores do novo salário mínimo estejam previstos, eles ainda podem sofrer alterações. A atualização dependerá do cenário fiscal e do comportamento da economia nacional nos próximos anos. O governo também estima alcançar um superávit primário de R$ 34,3 bilhões em 2026, o que representa 0,25% do PIB. As metas seguintes visam ampliar esse resultado e reforçar o equilíbrio das contas públicas.
Aprovação do novo salário mínimo
A proposta que define o novo salário mínimo ainda precisa passar pela análise da Comissão Mista de Orçamento e ser aprovada pelo Congresso até julho. O deputado Carlos Zarattini é o responsável pela relatoria do texto. O valor exato só será confirmado após a divulgação oficial da inflação de 2025, prevista para novembro.
Até lá, o número pode ser ajustado conforme os indicadores econômicos. Já a dívida pública, atualmente em 78,5% do PIB, tende a crescer até alcançar 84,2% em 2028. A partir desse ponto, o governo projeta uma queda gradual, apoiada no controle fiscal e no reajuste responsável do salário mínimo.