ARAGUARI, MG — A proposta do governo federal de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos mensais de até R$ 5 mil, prevista para entrar em vigor em 2026, está sendo recebida por muitos trabalhadores como um alívio financeiro comparável a um 13º salário extra. A medida, que ainda precisa ser aprovada pelo Congresso Nacional, promete beneficiar cerca de 10 milhões de brasileiros, proporcionando uma economia anual significativa para os contribuintes.
Atualmente, a faixa de isenção do Imposto de Renda é de R$ 2.259,20 mensais. Com a proposta, trabalhadores que recebem até R$ 5 mil por mês deixarão de pagar o imposto, o que representa uma economia anual de aproximadamente R$ 4.356,89 para quem está no teto da nova faixa de isenção.
Detalhes da proposta de isenção do Imposto de Renda
A proposta prevê isenção total do Imposto de Renda para rendimentos mensais de até R$ 5 mil. Para aqueles que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7 mil, haverá uma isenção parcial, com descontos progressivos: 75% de desconto para quem ganha R$ 5.500, 50% para R$ 6.000 e 25% para R$ 6.500. Acima de R$ 7 mil, a tabela progressiva atual será mantida, com alíquotas de 7,5% a 27,5%.
A medida visa aliviar a carga tributária sobre os trabalhadores de baixa e média renda, promovendo maior equidade no sistema tributário. Além disso, para compensar a perda de arrecadação estimada em R$ 27 bilhões anuais, o governo propõe a criação de uma tributação mínima para os “super-ricos”, com rendimentos anuais acima de R$ 600 mil, que poderão ser tributados em até 10%.
Impacto no orçamento dos trabalhadores
A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda é vista como uma forma de aumentar o poder de compra dos trabalhadores. Com menos imposto a pagar, os contribuintes terão mais recursos disponíveis para consumo, investimento ou poupança. Essa mudança é especialmente significativa em um contexto de inflação e aumento do custo de vida.
Por exemplo, um trabalhador que ganha R$ 5 mil por mês atualmente paga cerca de R$ 312 de Imposto de Renda mensal. Com a nova isenção, esse valor seria totalmente eliminado, resultando em uma economia anual de R$ 3.744.
Relação com o salário mínimo previsto para 2026
A proposta de isenção do Imposto de Renda está alinhada com a previsão de aumento do salário mínimo para R$ 1.663,60 em 2026. Esse reajuste representa um aumento de R$ 112 em relação ao valor atual de R$ 1.518 . A combinação do aumento do salário mínimo com a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda pode proporcionar um ganho real significativo para os trabalhadores de baixa renda.
Com o novo salário mínimo, trabalhadores que recebem até três vezes esse valor (R$ 4.990,80) estariam dentro da nova faixa de isenção, o que significa que não pagariam Imposto de Renda. Isso representa uma política de valorização do trabalho e de combate à desigualdade social.
Tramitação no Congresso Nacional
O projeto de lei que propõe a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda foi enviado ao Congresso Nacional em março de 2025. Para entrar em vigor em 2026, a proposta precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal até o final de 2025. A expectativa é que a medida seja discutida e votada nos próximos meses, com ampla atenção da sociedade e dos parlamentares.
A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para rendimentos mensais de até R$ 5 mil representa uma mudança significativa na política tributária brasileira. A medida tem o potencial de beneficiar milhões de trabalhadores, aumentando seu poder de compra e contribuindo para a redução das desigualdades sociais.
Se aprovada, a proposta entrará em vigor em 2026, juntamente com o aumento do salário mínimo para R$ 1.663,60, consolidando um pacote de medidas voltadas para a valorização do trabalho e o fortalecimento da economia nacional.
Quem tem a isenção do Imposto de Renda em 2025?
A isenção é aplicada em situações específicas. Entre os isentos estão:
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Contribuintes que tiveram renda mensal de até R$ 2.640,00 (limite atualizado em 2024).
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Pessoas com rendimentos exclusivamente de aposentadoria, pensão ou reforma, desde que o total não ultrapasse o teto de isenção.
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Indivíduos com doenças graves comprovadas, como câncer, AIDS e outras listadas pela legislação.
É importante verificar a tabela de isenção atualizada no site da Receita Federal, pois ela pode sofrer alterações anuais.