SALESóPOLIS, SP — Está marcada para os dias 31 de março e 1 de abril a manifestação em forma de greve de milhares de profissionais. Em busca de reivindicar seus direitos trabalhistas, estas pessoas devem pausar os seus serviços por, no mínimo, dois dias e atingir grande parte do país.
(Foto: Jeane de Oliveira/FDR)
Nomeado como “Breque Nacional dos Apps 2025”, o movimento de paralisação dos entregadores de aplicativo do país. De acordo com as informações dos organizadores, já há adesão de 20 das 27 unidades federativas (estados) do país.
O objetivo da paralisação, segundo o jornal Estado de Minas, é conseguir reajuste de salário que está congelado há mais de três anos. Além de pedir pelo aumento dos serviços pagos pelas plataformas que intermediam o pedido e a entrega.
“Essas pautas são essenciais para garantir que os entregadores não continuem sendo explorados pelas plataformas. Sem reajustes justos, seguimos rodando sem ganhos compatíveis com o custo de vida, arcando sozinhos com a gasolina, manutenção da moto ou bicicleta, e enfrentando riscos diários sem qualquer respaldo das empresas”, diz uma publicação na plataforma do movimento Breque Nacional.
Por que os entregadores farão a paralisação?
Entre a próxima segunda-feira (31) e terça-feira (1) os motoristas de App, como iFood, Uber Eats, Rappi e 99, devem pausar os seus serviços. Isso significa que sem um profissional para fazer a entrega do pedido o atendimento do App ficará praticamente inútil.
Se a greve não for aderida por todos e alguns motoristas ainda continuarem prestando serviço, a tendência é de que os valores cobrados fiquem acima do comum devido a escassez de profissionais disponíveis.
Os motivos da pressão sobre as plataformas de entrega incluem reivindicações como:
- Correção da taxa mínima de cobrança pelo serviço de R$ 6,50 para R$ 10,00 por entrega;
- Correção de R$ 1,50 para R$ 2,50 do valor por quilômetro;
- Limitação de no máximo 3km das das rotas de bicicleta, para evitar desgaste físico dos que executam os serviços usando bicicletas;
- Pagamento de taxa integral por entrega, já que hoje quando o motorista faz duas entregas que estão na mesma rota a segunda é paga com menor valor.