A escala 6×1 pode até ser a mais comum, mas não é a única adotada no Brasil. Existem diversos outros sistemas que já são utilizados, têm bons resultados e podem ser melhores opções. Conheça cada um deles agora.
Buscando melhorar a qualidade de vida do trabalhador brasileiro o movimento VAT (Vidas Além do Trabalho) surgiu. Uma das medidas é pedir o fim da escala 6×1, onde o profissional tem apenas um dia de folga. A partir dessa ação a deputada Erika Hilton elaborou a PEC que será analisada na Câmara dos Deputados.
Quais são as jornadas de trabalho no Brasil?
44 horas semanais
Essa é a jornada de trabalho mais adotada no Brasil, instituída pela CLT em 1943, essa carga horária é distribuída em 8h de segunda a sexta-feira, mais 4h no sábado. Aos poucos novas escalas foram surgindo, mas essa ainda pode ser encontrada em diversos setores, como:
- Administração pública;
- Escritórios de contabilidade;
- Indústrias;
- Comércio.
Jornada 12×36
Essa escala se popularizou entre os setores de saúde e vigilância, nela o trabalhador tem uma jornada de 12h de trabalho e 36 de folga.
Além das áreas já citadas, essa escala também é adotada em outros serviços considerados essenciais e por isso precisam de funcionamento constante, afirma o portal Exame, como:
- Saúde: médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, auxiliares de enfermagem, farmacêuticos, fisioterapeutas, entre outros.
- Segurança privada: vigilantes, porteiros, seguranças.
- Bombeiros
- Policiais
- Indústrias com operação contínua
Algumas empresas da área de telemarketing também costumam adotar essa escala.
Jornada 5×1
Nessa escala o profissional trabalha cinco dias consecutivos para folgar um, por exemplo, em uma semana ele trabalha de segunda a sexta e folga no sábado; na semana seguinte trabalha de domingo a quinta e folga na sexta.
Nesse sistema, assim como no anterior, é necessário adotar escalas de trabalho, o que geralmente acontece nos seguintes setores:
- Comércio: vendedores lojistas, representantes comerciais.
- Supermercados
- Restaurantes
A especialista Laura Alvarenga, colaboradora do FDR, comenta sobre a redução da jornada de trabalho, confira.
Jornada 5×2
No começo dos anos 2000 essa escala ganhou força, nela o trabalhador tem cinco dias de trabalho e folga dois, geralmente no final de semana. Atualmente essa escala é amplamente usada em diversos órgãos públicos, por exemplo.
Indústrias de operação contínua também utilizam esse sistema através das escalas de trabalho.
Jornada 6×1
Outra escala prevista na CLT e que agora se tornou o centro do debate com aprovação de mais de 60% pelo fim. Nela o profissional tem apenas um dia de descanso; ela ainda possibilita turnos de ininterruptos de revezamento.
Jornada 4×4
Essa escala atende especificamente às demandas dos setores de mineração energia. Nela são quatro dias de trabalho para quatro de folga. Lembrando que esse sistema, geralmente, funciona através de acordos coletivos.
Jornada 4×3
Empresas europeias já testam esse sistema, onde há quatro dias de trabalho e três de folga, geralmente de sexta a domingo. O Brasil já participou de um projeto piloto feito pela 4 Day Week Brazil.
Foram 290 funcionários participantes em 20 empresas e os resultados foram bons.
Turnos
Setores com operação 24h por dia acabam adotando os turnos, onde o profissional é convocado de forma antecipada para trabalhar. Os hospitais são o melhor exemplo de funcionamento desse sistema.
Meio período
Esse regime é adotado nos programas de estágio, como um meio de proporcionar renda e aprendizagem prática sem prejudicar os estudos. As jornadas podem ser de 4 a 6 horas diárias e devem ser informadas incialmente ao estudante.
Jornada intermitente
Essa jornada não é tão conhecida dos brasileiros, mas seu funcionamento é simples. O empregado é convocado a partir da demanda do empregador, para isso precisa estar à disposição.
No trabalho intermitente a remuneração é proporcional às horas trabalhadas, na área da saúde essa é uma prática comum para cobrir as folgas dos colegas.
Vale lembrar que o desejo dos defensores do fim da escala 6×1 é manter a mesma remuneração com redução da jornada de trabalho.