O salário mínimo de 2025 poderá sofrer redução no aumento previsto, de acordo com projeções do Ministério da Fazenda. Sob a atual política de valorização, o valor subiria de R$ 1.412 para R$ 1.521, considerando a inflação acumulada e o crescimento de 2,9% do PIB em 2023.
Caso novas regras sejam implementadas, o salário mínimo de 2025 poderá ser fixado em R$ 1.515. Isso ocorre porque o ganho real acima da inflação seria limitado a 2,5%, conforme previsto no novo arcabouço fiscal em análise pelo governo Lula.
As discussões sobre o salário mínimo de 2025 ganharam força durante as negociações do plano do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para controlar o crescimento dos gastos obrigatórios, como aposentadorias e auxílios sociais. A proposta reflete a preocupação em equilibrar as contas públicas sem comprometer os avanços sociais.
O impacto do salário mínimo de 2025 é significativo, pois ele representa cerca de 27% das despesas primárias do governo. Assessores de Lula alertam que, sem ajustes na política do piso, as medidas para conter despesas podem não surtir o efeito necessário para equilibrar o orçamento.
Mesmo sem definições concretas, os valores projetados para o salário mínimo de 2025, sejam R$ 1.515 ou R$ 1.521, superam os R$ 1.509 previstos no orçamento de 2025, já em análise pelo Congresso Nacional desde agosto deste ano.
Qual é a justificativa para o novo reajuste do salário mínimo de 2025?
As projeções para o salário mínimo de 2025 foram impactadas pela alta nos preços de alimentos e pela desvalorização cambial, que elevaram as expectativas de inflação. De acordo com a Secretaria de Política Econômica (SPE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), referência para o reajuste do piso, deve alcançar 4,66% até novembro, superando a estimativa anterior de 3,68%.
Já para 2026, o salário mínimo será reajustado com base em uma inflação projetada de 3,26%, segundo a SPE. O ganho real, entretanto, dependerá de possíveis ajustes na política de valorização. Mantendo-se as regras atuais, o incremento esperado é de 3,3%, correspondente ao crescimento estimado do PIB em 2024.
Essas revisões reforçam a importância de acompanhar os indicadores econômicos, já que eles influenciam diretamente o poder de compra dos trabalhadores e o planejamento orçamentário do governo.