As variações negativas do IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado), principal indicador usado em contratos de aluguel residencial, projeta mudanças na cobrança da taxa. A possibilidade interessa diretamente aos brasileiros que vivem em imóveis alugados. Entenda o que está em jogo.
O IGP-M é um indicador com a função de ser uma medida abrangente do movimento de preços. Logo, a ideia é abraçar não somente diferentes atividades mas também etapas distintas do processo produtivo.
Segundo a FGV (Fundação Getulio Vargas), o índice registrou leve alta em novembro, de 0,59% no mês, mas acumula queda de 3,89% no ano e chega a -3,46% no acumulado de 12 meses.
O que é o IGP-M?
O IGP-M é um indicador do nível de atividade econômica do país, englobando seus principais setores. Este índice é divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre).
Ao longo do tempo, o IGP-M se popularizou por ser usado amplamente como referência para o setor imobiliário, para o reajuste de contratos de aluguel. Este medidor visa chegar a uma correção justa — tanto para os inquilinos quanto para os proprietários.
O IGP-M se tornou o indicador usado para contratos de aluguel em consequência do período de hiperinflação registrado no país. Desse modo, o indexador passou a ser uma forma de proteger os acordos das variações monetárias.
Qual a diferença entre IGP-M e o IPCA?
Tanto o IGP-M quanto o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) são índices da economia brasileira para mensurar a variação dos preços de serviços e produtos. Apesar disso, os dois são diferentes.
O IPCA é considerado o indicador oficial da inflação no país, sendo medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este índice aponta a variação do custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos.