O governo federal aprovou a concessão de um novo auxílio emergencial para moradores de Maceió. A ideia é que sejam beneficiadas as pessoas prejudicadas pelo afundamento do solo provocado pelo colapso de uma mina da Braskem. O governador do estado estima que 6 mil famílias sejam contempladas.
Este não é o primeiro episódio de afundamento de solo causado pela mesma empresa. Segundo o governo do estado, desde 2018 já são 200 mil pessoas afetadas direta ou indiretamente. O objetivo do auxílio emergencial que chegará a R$ 2.640 é ajudar na reestruturação de vida dos atingidos.
Quem vai receber o auxílio emergencial de R$ 2,6 mil?
Na última terça-feira (5), o governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), se reuniu com o presidente interino Geraldo Alckmin (PSB) para discutir ações voltadas a situação de emergência em Maceió. Na ocasião, o governo federal garantiu o pagamento do auxílio emergencial em parcela única de R$ 2.640.
O valor equivale a dois salários mínimos. E assim como já aconteceu na região Norte do país devido a estiagem, este auxílio deve beneficiar:
- pescadores e marisqueiros;
- quem já estava devidamente cadastrado no seguro defeso.
A estimativa é de que 6 mil famílias sejam beneficiadas, e que o pagamento aconteça com a liberação na conta em que já estão habituados a sacar o seguro defeso.
Pedido de ajuda para Maceió
No dia 29 de novembro a prefeitura de Maceió decretou situação de calamidade pública por 180 dias. O motivo é o risco iminente de colapso de uma mina da Braskem, localizada na região da lagoa Mundaú, no bairro do Mutange, e do Bom Parto.
Durante o encontro entre o governador de Alagoas e o presidente interino no Palácio do Planalto, outros assuntos foram discutidos, como:
- pedido de apoio ao governo federal para realização de acompanhamento psicológico aos moradores afetados, com profissionais do Ministério da Saúde;
- ajuda para que estudantes possam voltar às salas de aula diante do fechamento de escolas por segurança;
- solução para o fechamento das minas, com realização de estudo para analisar possibilidade de material da dragagem das lagoas Mundaú e Manguaba para tapar os buracos feitos pela mineração;
- ajuda na equalização do crescente deficit habitacional em Maceió, ampliado pelo desastre;
- coordenação e acompanhamento da AGU (Advocacia Geral da União) nas tratativas com as empresas.