A promessa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de criar uma faixa do Minha Casa, Minha Vida para classe média está longe de ser cumprida. Isso porque, o projeto de lançar condições especiais para quem ganha até R$ 12 mil por mês travou, e não há chances de que seja lançado neste ano.
Hoje, o Minha Casa, Minha Vida atinge três diferentes públicos com faixas salarias partindo de R$ 2,6 mil. Para ser contemplado pelo programa é preciso ter renda máxima de R$ 8 mil por mês, e com o preço dos imóveis se encaixando nesse ganho. A ideia era aumentar o público alvo e valor da propriedade.
Proposta de criar o Minha Casa, Minha Vida para classe média
Desde junho o presidente Lula tem falado sobre a criação de mais uma faixa de renda atendida pelo Minha Casa, Minha Vida. No dia 7 de novembro ele voltou a falar sobre o assunto enquanto participava de uma live com o Ministro das Cidades, Jader Filho.
A ideia era de:
- Incluir no programa famílias com ganhos de até R$ 12 mil;
- Aumentar o valor do imóvel que pode ser financiado para esse grupo;
- Oferecer taxas de juros mais vantajosas do que do mercado atual.
“Nós queremos que pessoas que queiram casa de três quartos, quatro quartos, possam ter uma casa financiada pelo governo“, afirmou Lula durante a live semanal feita pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBC) e transmitida nas redes sociais do governo.
O que impede a criação da faixa 4 no Minha Casa, Minha Vida?
De acordo com o jornal O Globo, existem algumas razões financeiras que impedem o aumento de renda para inscrição no Minha Casa, Minha Vida. Segundo técnicos do governo ouvidos pelo veículo, a situação é de que:
- Não se sabe se os recursos disponíveis no FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) suportariam o aumento do valor do imóvel financiado para até R$ 500 mil;
- O saldo do FGTS para garantia de financiamento ainda é uma incógnita porque ações podem liberar este valor aos trabalhadores;
- Diante disso, a avaliação é que seria contraditório incluir quem ganha até R$ 12 mil no programa.