O parcelamento sem juros no cartão está sendo alvo de discussões entre varejistas, comerciantes e lideranças. A ideia é acabar com a modalidade visando, também, a redução da inadimplência. Mas, como está sendo desenvolvido esse debate? Entenda o que está em jogo.
Vale lembrar que taxa média de juros do crédito rotativo cobrada pelos bancos chegou a bater, 455% ao ano. No mês passado, a inadimplência na modalidade ficou em 49,1%.
As taxas enormes acontecem porque a cobrança é feita com base em juros compostos. Ou seja, juros sobre juros, aumentando o valor da dívida de modo exponencial.
Entenda as propostas para o cartão de crédito
O aumento do uso desta modalidade e a consequente inadimplência deram força ao debate por parte do governo e autoridades monetárias. Agora, o objetivo é limitar juros do rotativo.
A decisão prevê um prazo de 90 dias para que os bancos estabeleçam um limite aos juros do cartão. Mas, como essas empresas posicionam frente às possíveis mudanças?
O Banco Central defende a extinção do rotativo e que as faturas não pagas sejam automaticamente migradas para o parcelamento, com uma taxa mensal em torno de 9%, o que corresponderia a 181% ao ano.
O que os bancos dizem sobre o parcelamento sem juros?
Os bancos comuns, por sua vez, em sua maioria, rejeitam a possibilidade de tabelamento ou um teto para as taxas. Mas propõem a construção de uma alternativa.
Também é discutida a possibilidade de impor um limite ao parcelamento sem a cobrança de juros. A condição, no entanto, ainda precisa de ajustes antes de ser levada para debate.
Em nota, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirmou que busca uma solução que pode incluir o fim do crédito rotativo e um redesenho das compras parceladas no cartão.