Mobilização dos servidores do Banco Central pode afetar o PIX e um recente sistema anunciado pelo BC. O movimento realizado pelos profissionais já dura dois meses e entra agora na fase 2. Entenda o que é e seus impactos no dia a dia do brasileiro.
Em julho desse ano os servidores do Banco Central iniciaram a “Operação Padrão”, que agora entra na fase 2 com adesão de 71% dos profissionais e impacto em 22 departamentos. Essa ação dos servidores foi tomada para ‘pressionar’ a negociação com o Banco Central. Acontece que essa mobilização tem atrasado projetos do BC, incluindo as mudanças do PIX.
“O objetivo da operação-padrão é emitir uma mensagem à direção do BC e às autoridades sobre o descontentamento da categoria sobre a paralisia do governo. A reação enérgica e resoluta do Sinal é de intensificar a mobilização por tempo indeterminado”, afirma o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central.
Atrasos nas mudanças do PIX e implementação do DREX
Há algumas semanas o Banco Central anunciou a criação do PIX Parcelado, no entanto, com essa mobilização dos servidores, a implementação desse sistema está comprometida.
“A próxima fase do movimento será marcada pela intensificação da operação-padrão no órgão. A escalada da mobilização visa enfatizar dois aspectos: 1. Atrasos na implementação do PIX parcelado e de outras modalidades do PIX. Estes atrasos poderão repercutir significativamente tanto para os serviços bancários como para o público em geral”, acrescenta o sindicato.
Além disso, a implementação do DREX também está em atraso; ao todo 150 projetos do BC estão atrasados.
Mobilização dos servidores do BC
Segundo a nota emitida pelo sindicato, as pautas da categoria são:
- Criação de uma Retribuição por Produtividade para os Especialistas do BC;
- Exigência de ensino superior para o cargo de Técnico do BC (os servidores têm pedido que o cargo de técnico seja considerado como de nível superior, o que implicaria em uma mudança na qualificação necessária para ingressar nessa carreira);
- Alteração de nomenclatura para o cargo de Analista (a proposta também envolve a alteração de nomenclatura para o cargo de Analista para Auditor, termo mais condizente com as atividades realizadas e com a importância do respectivo cargo).
Procurada pela Folha, a ministra Esther Dweck afirma manter diálogo com a categoria.
“Este mês, foram criadas as 10 primeiras mesas setoriais de negociação, para tratar justamente das situações específicas de cada uma, em um novo sinal de compromisso do Ministério da Gestão com o diálogo e a cooperação da capacidade do Estado de oferecer serviços de qualidade”, afirma ela.