Após o caso da 123 milhas, que entrou em recuperação judicial no último mês, outra empresa que realiza a comercialização de milhas também abriu um pedido de recuperação junto à justiça. Dessa vez, a solicitação foi realizada pela MaxMilhas, que pretende ajustar seu modo de funcionamento.
O anúncio foi realizado nesta semana pela empresa. De acordo com o comunicado oficial emitido para o mercado, a MaxMilhas alegou que tem sofrido com os efeitos decorrentes da reestruturação da 123 milhas.
A avaliação é que a questão teria afetado diretamente o mercado de agências de turismo online, que tem sofrido com uma queda significativa de suas negociações e no fechamento de novos contratos.
Por isso, a MaxMilhas decidiu entrar com um pedido de recuperação judicial junto ao Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). A empresa afirmou que o objetivo do pedido é garantir que os compromissos assumidos sejam cumpridos, o que engloba desde as viagens pagas pelos clientes até as compras realizadas com fornecedores.
O que acontecerá com a MaxMilhas?
Em seu comunicado oficial, a empresa afirmou que deverá organizar os débitos que possui em apenas uma ação. A MaxMilhas garantiu que esse processo deverá ser realizado com a máxima transparência.
Além disso, a empresa informou ainda que poderá agilizar a quitação das dívidas. O objetivo é restabelecer o “equilíbrio financeiro e operacional” no menor prazo possível.
Apesar da abertura do processo de recuperação judicial, a MaxMilhas garantiu que não realizará a suspensão de viagens já comercializadas. As hospedagens compradas também permanecem garantidas. Dessa forma, as atividades da empresa continuam funcionando normalmente apesar da solicitação à justiça.
A MaxMilhas, fundada em Minas Gerais, já possui mais de dez anos no mercado. Nesse período, a empresa foi responsável por promover cerca de doze milhões de viagens no país, números que a consolidam como uma das maiores do setor de turismo no Brasil.
A empresa atua realizando a compra e venda de milhas aéreas, que podem ser comercializadas por meio do seu site. Recentemente, um comunicado realizado pela MaxMilhas já havia acendido o alerta sobre a situação financeira da empresa.
Em agosto, a agência de turismo online informou aos seus clientes que passaria a realizar o pagamento das milhas vendidas por meio do seu site de forma parcelada. Na ocasião, foi definido que o valor da venda seria parcelado em 3x, sendo quitado em um prazo de 90 dias.
Agora, a empresa aguarda que o pedido de recuperação judicial seja julgado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Caso seja aceito, a MaxMilhas deverá elaborar um plano que precisará contar as estratégias que serão utilizadas pela empresa para restabelecer sua saúde financeira.