Embora não tenham um vínculo formal com as empresas, os entregadores e motoristas por aplicativo buscam mais benefícios. O próprio governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já defendeu a criação de uma legislação que possa ser usada nestes casos. A relação entre as partes avançou nos últimos tempos.
O governo federal criou um Grupo de Trabalho (GT) para iniciar as discussões sobre a relação entre entregadores e as empresas de aplicativo. Após quatro meses de discussão sobre o assunto, os profissionais que atuam nesta área rejeitaram as propostas feitas pelas instituições como o iFood.
Discussão sobre os direitos dos entregadores
- Na última terça-feira (12) aconteceu uma reunião na sede do Ministério do Trabalho e Emprego, localizada em Brasília. Na ocasião, os profissionais que atuam na área saíram insatisfeitos, por isso uma nova reunião foi agendada para esta quarta-feira (13) junto ao governo federal para tratar sobre outro caminho.
- Os motoboys e motoentregadores organizaram uma mobilização no mesmo dia da reunião, mas na Esplanada dos Ministérios, . O grupo solicitou por meio desta ação que as empresas de aplicativo ofereçam remuneração mínima, e o que foi chamado por eles de “decente”, e “condições dignas de trabalho”.
- Na próxima segunda-feira (18) os entregadores de todo país farão uma greve caso não haja melhora na proposta apresentada pelas empresas. A previsão é pausar os seus serviços até que um novo plano seja apresentado.
Qual a proposta de que desagradou os entregadores?
- As empresas estão sendo representadas nesta discussão pela Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia), que incluiu a Amazon, iFood, Flixbus, Uber, Zé Delivery, Buser, 99 e Lalamove.
- A MID (Movimento de Inovação Digital) representa outro grupos, são 150 empresas conveniadas, entre elas Mercado Livre, GetNinjas, Paypal, Rappi, OLX e euEntrego.
- De acordo com a Amobitec desde o início das discussões estão sendo apresentadas propostas que estabelecem ganho mínimo e uma estrutura de Previdência para os entregadores.
- Os entregadores estão protestando contra a diminuição do valor pago por hora com a popularização dos aplicativos.
- Reivindicando para que os valores mínimos por hora passem a ser e R$ 35,76 para motociclista e R$ 29,63 para ciclistas. Eles também solicitam seguros e proteções para o trabalhador.
- As empresas propõem pagamento mínimo de R$ 10,20 a R$ 12 para motociclistas, e R$ 6,54 a R$ 7 para ciclistas.