Caixa inicia renegociação de R$ 1,74 bilhão em dívidas pelo Desenrola Brasil

O Desenrola Brasil, já registra a renegociação de dívidas no montante de R$ 1,74 bilhão através da Caixa Econômica Federal (CEF). Desde o início dessa iniciativa, mais de 100 mil contratos comerciais em atraso foram regularizados, e espera-se um aumento nos números nos próximos dias. 

Caixa inicia renegociação de R$ 1,74 bilhão em dívidas pelo Desenrola Brasil
Caixa inicia renegociação de R$ 1,74 bilhão em dívidas pelo Desenrola Brasil. (Imagem: FDR)

O Governo Federal estima que cerca de 70 milhões de brasileiros se beneficiarão com o Desenrola Brasil. As condições do programa incluem a participação de devedores com renda de até dois salários mínimos e débitos de até R$ 5 mil

A renegociação é conduzida diretamente entre os clientes e as instituições financeiras onde as dívidas estão registradas. Segundo a Caixa, a maior parte das propostas (92%) foi resolvida através de renegociações à vista. As dívidas regularizadas com mais frequência eram provenientes de operações de cartão de crédito, cheque especial e Crédito Direto ao Consumidor (CDC).

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) divulgou que aproximadamente R$ 9,5 bilhões em dívidas foram negociados com bancos no período de 17 de julho a 18 de agosto. No âmbito dos contratos, as instituições financeiras conseguiram regularizar cerca de 1,5 milhão de dívidas com a ajuda do Desenrola Brasil.

Esses números se referem à Faixa 2 do Desenrola Brasil, que abrange pessoas com renda mensal de até R$ 20 mil. Já na Faixa 1, estão incluídas pessoas com renda mensal igual ou inferior a dois salários mínimos, ou aquelas inscritas no Cadastro Único (CadÚnido).

Como funciona o Desenrola Brasil?

O objetivo do Desenrola Brasil é que brasileiros endividados limpem seus nomes ou deixem de ter o “CPF negativado”. Com o nome “limpo” e o CPF livre, é possível voltar a comprar a prazo, pedir empréstimos, abrir crediário ou fazer um novo contrato de aluguel, por exemplo. O programa foi distribuído em 2 faixas, são elas:

Faixa 2 – Já iniciada

O Desenrola Brasil, novo programa do Governo Federal, permite que pessoas com ganhos de até R$ 20 mil brutos mensais e dívidas atrasadas de qualquer valor procurem suas instituições bancárias para verificar a adesão ao programa.

Atenção às datas dos débitos: somente serão elegíveis para renegociação as dívidas contraídas entre 2019 e 31 de dezembro de 2022. Vale ressaltar que o programa abrange apenas débitos com os próprios bancos, não incluindo dívidas com concessionárias ou lojas.

As renegociações podem ser realizadas até 30 de dezembro de 2023, dando a oportunidade de limpar o nome automaticamente para quem possui débitos de até R$ 100. A medida visa beneficiar cerca de 1,5 milhão de pessoas.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) enfatiza que não se trata de um “perdão” das dívidas de até R$ 100, sendo necessário comparecer aos bancos para renegociá-las. Aqueles que não o fizerem ficarão com o nome sujo novamente no futuro.

Faixa 1 – Começa em setembro

O governo anuncia o lançamento da fase de renegociação das dívidas da chamada faixa 1 de renda, que abrange trabalhadores com rendimentos de até dois salários mínimos, R$ 2.640, ou pessoas cadastradas no CadÚnico, englobando beneficiários de programas sociais.

Nesta etapa, serão consideradas dívidas de até R$ 5 mil. Além das dívidas com bancos, contas de energia, internet e telefone também poderão ser renegociadas, visando auxiliar a parcela mais vulnerável da população.

A plataforma específica para o programa está em desenvolvimento, e especialistas apontam que sua eficácia e facilidade de uso são fundamentais para o sucesso do programa, que enfrenta o desafio de atender às necessidades dos devedores e instituições financeiras de forma clara e eficiente.

Laura AlvarengaLaura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.