Os preços dos combustíveis voltaram a subir e brasileiros vão precisar preparar o bolso e a calculadora na hora de decidir entre álcool e gasolina. O valor cobrado ao consumidor pode variar, segundo a Petrobras.
O litro da gasolina teve um aumento de R$ 0,41 e o do diesel subiu R$ 0,78. No entanto, a Petrobras destaca que o valor que chega ao consumidor final pode variar. Isso porque os preços cobrados nos postos “são afetados também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda”.
Com a alta, surge também a dúvida em relação ao custo-benefício na hora de abastecer veículos flex — aqueles que têm capacidade para funcionar com álcool e com gasolina.
Cálculo dos combustíveis: álcool ou gasolina?
Em tempos de preços elevados, muitos consumidores passam a se perguntar o que é mais vantajoso: abastecer com álcool ou com gasolina. Entender o rendimento do seu carro para cada tipo de combustível é imprescindível para escolher a melhor opção. A ideia deste cálculo é entender o rendimento do álcool em relação à gasolina.
O cálculo para decidir entre o abastecimento com gasolina ou álcool é simples:
- divida o valor do litro de etanol pelo valor do litro da gasolina;
- se der até 0,70, o álcool compensa mais.
De acordo com o engenheiro Gabriel Branco, especialista em motores, que concedeu entrevista à Folha de S. Paulo, para que valer a pena a troca da gasolina pelo etanol o litro deve custar até 70% do que é cobrado pela gasolina. Já que quando o motorista abastece com álcool tem, em média, um rendimento 30% menor no seu veículo.
Por qual motivo os combustíveis voltaram a subir?
Em maio deste ano, a Petrobras anunciou uma nova política de preços que determinava o fim da política de paridade de importação (PPI) — prática que ajustava o preço dos combustíveis com base na cotação do dólar e do petróleo no exterior.
A nova estratégia comercial busca incorporar “parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação”, segundo a companhia.
No entanto, o forte avanço dos preços do petróleo no exterior e a disparada do dólar nas últimas semanas levaram a empresa a atingir o “limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares”.
Esses fatores, de acordo com a companhia, tornaram necessários os reajustes tanto na gasolina quanto no diesel. A ideia é mirar no reequilíbrio dos preços da Petrobras em relação aos praticados pelo mercado.