Desenrola Brasil é responsável por movimentar R$ 1,32 bilhões na Caixa Econômica

O Desenrola Brasil tem se mostrado um sucesso, com a Caixa Econômica Federal (CEF) já tendo renegociado cerca de R$ 1,32 bilhão em dívidas de 63 mil clientes. O programa de renegociação, criado pelo Governo Federal, registrou um total de mais de 79 mil contratos regularizados em suas primeiras semanas.

Desenrola Brasil é responsável por movimentar R$ 1,32 bilhões na Caixa Econômica
Desenrola Brasil é responsável por movimentar R$ 1,32 bilhões na Caixa Econômica. (Imagem: FDR)

Do total de contratos regularizados pelo Desenrola Brasil nas primeiras semanas, 91% das propostas foram negociadas à vista. As linhas de cartão de crédito, cheque especial e crédito pessoal estão liderando a taxa de regularização nos bancos. 

Essas linhas são notórias por suas altas taxas de juros, dadas as maiores complexidades associadas ao risco. O Banco do Brasil (BB) também está colhendo resultados positivos, com a renegociação de R$ 4,4 bilhões nas primeiras etapas do programa. 

O BB está ampliando as condições de renegociação, abrangendo até mesmo clientes fora das condições da Faixa 2 do Desenrola Brasil, que atualmente regem o programa. A próxima fase do programa, prevista para setembro, abrangerá dívidas de outros setores, como telecomunicações e serviços públicos. 

Nessa fase, os bancos poderão adquirir as dívidas dos credores originais em um leilão, com a proposta mais vantajosa em termos de descontos sendo vencedora. Haverá garantias do Tesouro para clientes com renda de até dois salários mínimos, buscando proporcionar alívio financeiro de forma mais abrangente.

Como funciona o Desenrola Brasil?

O objetivo do Desenrola Brasil é que brasileiros endividados limpem seus nomes ou deixem de ter o “CPF negativado”. Com o nome “limpo” e o CPF livre, é possível voltar a comprar a prazo, pedir empréstimos, abrir crediário ou fazer um novo contrato de aluguel, por exemplo. O programa foi distribuído em 2 faixas, são elas:

Faixa 2 – Já iniciada

O Desenrola Brasil, novo programa do Governo Federal, permite que pessoas com ganhos de até R$ 20 mil brutos mensais e dívidas atrasadas de qualquer valor procurem suas instituições bancárias para verificar a adesão ao programa.

Atenção às datas dos débitos: somente serão elegíveis para renegociação as dívidas contraídas entre 2019 e 31 de dezembro de 2022. Vale ressaltar que o programa abrange apenas débitos com os próprios bancos, não incluindo dívidas com concessionárias ou lojas.

As renegociações podem ser realizadas até 30 de dezembro de 2023, dando a oportunidade de limpar o nome automaticamente para quem possui débitos de até R$ 100. A medida visa beneficiar cerca de 1,5 milhão de pessoas.

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) enfatiza que não se trata de um “perdão” das dívidas de até R$ 100, sendo necessário comparecer aos bancos para renegociá-las. Aqueles que não o fizerem ficarão com o nome sujo novamente no futuro.

Faixa 1 – Começa em setembro

O governo anuncia o lançamento da fase de renegociação das dívidas da chamada faixa 1 de renda, que abrange trabalhadores com rendimentos de até dois salários mínimos, R$ 2.640, ou pessoas cadastradas no CadÚnico, englobando beneficiários de programas sociais.

Nesta etapa, serão consideradas dívidas de até R$ 5 mil. Além das dívidas com bancos, contas de energia, internet e telefone também poderão ser renegociadas, visando auxiliar a parcela mais vulnerável da população.

A plataforma específica para o programa está em desenvolvimento, e especialistas apontam que sua eficácia e facilidade de uso são fundamentais para o sucesso do programa, que enfrenta o desafio de atender às necessidades dos devedores e instituições financeiras de forma clara e eficiente.

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.