Empreendedores são pegos de surpresa relacionada à taxa do MEI

Cresce o número de golpes que visam extorquir dinheiro por meio de cobranças de taxas fictícias, e o Microempreendedor Individual (MEI) têm sido alvo frequente dessa armadilha criminosa. A estratégia envolve uma suposta “taxa associativa”, que tem enganado várias vítimas.

Empreendedores são pegos de surpresa por conta da taxa do MEI
Empreendedores são pegos de surpresa por conta da taxa do MEI. (Imagem: FDR)

Conforme apurado, os criminosos enviam notificações extrajudiciais por e-mail, fazendo-se passar por entidades associativas legítimas, e cobram uma taxa anual associativa falsamente obrigatória ao MEI.

No conteúdo dessas mensagens fraudulentas, é alegado um débito de R$ 288,98, referente à fictícia taxa anual associativa. O golpista afirma que o valor original era de R$ 249,00, mas, devido ao não pagamento na data estipulada, teria sido encaminhado ao Departamento Jurídico e gerando custos adicionais.

O tom ameaçador não para por aí, os criminosos alertam que o título do MEI do empreendedor será negativado e levado a protesto caso o pagamento não seja efetuado dentro do prazo determinado.

“O golpe da taxa associativa que tem sido aplicado é uma artimanha ardilosamente planejada com o objetivo de ludibriar os Microempreendedores Individuais”, alerta Murillo Torelli, professor de Contabilidade Financeira da Universidade Presbiteriana Mackenzie.

É importante ressaltar que, de acordo com a legislação vigente, o MEI possui obrigações tributárias específicas e não estão sujeitos ao pagamento de quaisquer taxas associativas. A única obrigação fiscal dos microempreendedor individual é o recolhimento mensal do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS).

Dicas para o MEI evitar cair em golpes

A fim de resguardar-se contra golpes fraudulentos, é primordial que os MEIs adotem uma postura cautelosa e estejam sempre atentos a detalhes que possam indicar a inautenticidade de cobranças recebidas. Algumas práticas preventivas podem ser adotadas:

  1. Verificar a autenticidade do boleto recebido e compará-lo com documentos oficiais;
  2. Analisar cuidadosamente a linguagem e o conteúdo da correspondência, atentando-se a erros de digitação ou português inadequado;
  3. Desconfiar de e-mails provenientes de endereços com caracteres diferentes ou domínios não oficiais, especialmente aqueles que não apresentam o domínio ‘com.br’;
  4. Estar alerta para o uso de palavras que induzam ao medo ou pressionem o destinatário, tais como “Atenção”, “Urgente”, “Você será processado” ou “Nome irá para protesto”;
  5. Suspeitar de e-mails enviados fora do horário comercial, o que pode ser um indício de atividade criminosa;
  6. Em hipótese alguma clicar em links desconhecidos ou pagar boletos sem confirmar a fonte;
  7. Buscar sempre informações no portal oficial do empreendedor, hospedado no site governamental GOV.br, onde é possível obter esclarecimentos precisos sobre as obrigações e direitos do MEI, bem como informações pertinentes às questões tributárias e fiscais.

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Laura Alvarenga
Laura Alvarenga é graduada em Jornalismo pelo Centro Universitário do Triângulo em Uberlândia - MG. Iniciou a carreira na área de assessoria de comunicação, passou alguns anos trabalhando em pequenos jornais impressos locais e agora se empenha na carreira do jornalismo online através do portal FDR, onde pesquisa e produz conteúdo sobre economia, direitos sociais e finanças.