Rotativo do cartão de crédito e financiamentos têm IMPORTANTES MUDANÇAS a partir de hoje

Nesta quarta, 2, foi decidido pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) o novo patamar da Selic. A taxa básica de juros da economia está agora em 13,25% ao ano. Diante disso, saiba o que muda nos financiamentos, rotativo do cartão de crédito, para compras parceladas e ainda no consignado do INSS.

Rotativo do cartão de crédito e financiamentos têm IMPORTANTES MUDANÇAS a partir de hoje
Rotativo do cartão de crédito e financiamentos têm IMPORTANTES MUDANÇAS a partir de hoje (Imagem: FDR)

Miguel José Ribeiro de Oliveira, da Associação Nacional de Executivos de Finanças (Anefac) disse à Folha de São Paulo que existe um grande deslocamento entre a taxa Selic e as taxas de juros que recaem sobre os consumidores. 

“Isoladamente, uma queda pouco impacto traz. Entretanto, as várias reduções esperadas no conjunto já vão fazer a diferença”, disse ele.

Selic em queda: O que muda no rotativo do cartão de crédito e nos financiamentos

Quanto mais em baixa a taxa Selic estiver, mais barato fica o crédito para os consumidores. Porém, a população deve demorar para começar a sentir esta queda nos juros de financiamentos e empréstimos. Isto porque existem outros fatores que se refletem no custo das parcelas, como política monetária e risco de inadimplência.

De acordo com cálculos feitos pela Anefac, diante do corte de 0,5% ponto percentual na taxa selic, o consumidor terá uma diferença de apenas R$11,32 em cada parcela considerando um veículo de R$40 mil financiando em 60 vezes. No total, ele vai economizar R$679,10.

Já no caso de um empréstimo pessoal de R$5 mil reais parcelado em 12 vezes, o consumidor pagaria mensalmente R$536,79, considerando o patamar anterior da Selic, que estava em 13,75% ao ano. Agora, com o novo patamar, as parcelas custariam R$535,55, uma diferença de apenas R$1,24.

As empresas também não deverão sentir os reflexos desta queda na taxa de juros tão rapidamente.

Caixa e Banco do Brasil cortam juros 

A Caixa Econômica e o BB comunicaram um corte nos juros do empréstimo consignado do INSS depois que o Copom decidiu reduzir a Selic.

No Banco do Brasil, os juros do consignado caíram de 1,81% para 1,77% ao mês na faixa mínima, e de 1,95% ao mês para 1,89% ao mês no patamar máximo.

A taxa do empréstimo com desconto direto no benefício previdenciário está atualmente  em 1,97% ao mês no caso do empréstimo pessoal e 2,89% ao mês para o cartão de crédito e o de benefício.

O BB disse ainda que aplicou cortes nos empréstimos para pessoa jurídica e micro e pequenas empresas. As novas taxas começam a vigorar amanhã, 4.

A presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros disse que a redução na Selic quebra o ciclo de alta da taxa, o que pode ajudar no crescimento da economia. Ela afirmou ainda que a decisão do banco de também cortar suas taxas está em linha com o cenário macroeconômico. “Nossa redução observa boas práticas bancárias”, disse ela segundo a Folha.

A Caixa, por sua vez, cortou as taxas do consignado do INSS de 1,74% para 1,70% ao mês. Rita Serrano, presidente do banco, disse em nota remetida a Folha que este corte é decorrente da redução da Selic.

Selic

A Selic é a taxa básica de juros da economia. Seu nome vem de uma abreviação de Sistema Especial de Liquidação e de Custódia, um sistema administrado pelo Banco Central do Brasil (BCB) em que são negociados títulos públicos federais.

“Quando ouvimos “A taxa Selic subiu” ou “A taxa Selic caiu” é necessário compreender de que forma essa movimentação irá afetar o nosso dia a dia, pois ela impacta diretamente os empréstimos, financiamentos de imóveis, veículos etc. e investimentos que são atrelados à taxa Selic, como os de renda fixa: CDB, LCI/LCA e a caderneta de poupança”, disse Iverson Leles de Souza, supervisor de crédito e educador financeiro do Banco Semear.

Mas trazendo pra nossa realidade, o que tudo isso significa e como a Selic tem relação com os preços dos alimentos, do gás, dos combustíveis, do aluguel, entre outros?

“Quando a taxa Selic sobe, os juros cobrados nos financiamentos e o  valor dos empréstimos ficam mais altos e isso desestimula o consumo, o que favorece a queda da inflação. Quando a Selic cai, há um cenário favorável para se tomar dinheiro emprestado uma vez que os juros cobrados nas operações ficam mais baratos e isso favorece o consumo”, acrescentou Leles.

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Paulo Amorim
Paulo Henrique Oliveira é formado em Jornalismo pela Universidade Mogi das Cruzes e em Rádio e TV pela Universidade Bandeirante de São Paulo. Atua como redator do portal FDR, onde já cumula vasta experiência e pesquisas, produzindo matérias sobre economia, finanças e investimentos.