O preço da gasolina está entre os principais gastos das pessoas que tem carro. Sendo assim, quando o preço do combustível diminui é algo a ser comemorado. No entanto, mudanças podem estar chegando. Veja os detalhes.
A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) poderá trazer um agrado para Petrobras. Isto pois a estatal poderá aumentar os preços dos combustíveis. Segundo o portal Poder360, a Petrobras não reajustou os preços do etanol e da gasolina apesar da alta do barril de petróleo pelo mundo.
Preços da gasolina podem subir
Este aumento depende da vontade da Petrobras, que terá ainda sua nova política de preços testada neste segundo semestre diante da possível alta no valor do petróleo pelo mundo.
Também é aguardada nesta reunião uma queda na taxa básica de juros, Selic. Esta redução será o pontapé inicial de um novo ciclo de flexibilização monetária que pode ser contínua até, ao menos, o mês de junho de 2024, de acordo com projeções do Boletim Focus.
O impacto na economia poderá ser mais forte dependendo do quanto será tirado do juro base.
Queda na Selic
É esperado um corte de 0,25 ponto percentual na Selic. Este corte, no entanto, pode ser de 0,5 ponto, caso os diretores do Banco Central considerem necessário.
Esta decisão, apesar de ficar limitada pelo nível de juros, vai favorecer o consumo e ajudar na atividade econômica brasileira ao longo dos próximos 18 meses.
Os juros mais baixos, na prática, abrem espaço para que a Petrobras possa recompor os valores dos combustíveis nas refinarias, mesmo que de forma parcial.
Atualmente, a estatal não utiliza mais o PPI (paridade de preços de importação), política de preços que acompanha os preços do barril de petróleo no mundo. Esta foi uma decisão para “abrasileirar” os preços dos combustíveis.
“O governo cumpriu com o prometido na eleição. Nós abrasileiramos os preços e agora vai depender do comportamento do câmbio no mercado internacional. Na minha avaliação, o preço do petróleo vai ficar alto no 2º semestre, de US$ 90 o barril em média”, disse Adriano Pires, sócio-fundador do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura) ao Poder360.