Um falso grupo de investimentos pode ter sido responsável por lesar pelo menos quatro mil pessoas. Este grupo prometia para as pessoas retornos financeiros altos no mercado de ações. Veja os detalhes.
Nesta quarta, 12, por conta da atuação da plataforma de investimentos digital “gênesis.net”, foi iniciada uma operação policial em Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul
Grupo de investimentos causa altos prejuízos
Os órgãos de segurança foram procurados por pessoas que investiram no grupo e afirmaram que foram vítimas de estelionato.
Isto porque, após efetuarem os investimentos através do aplicativo, o dinheiro ia parar em contas, principalmente fora do país, onde não dava para efetuar saques. É estimado um prejuízo de mais de R$20 milhões.
Após a instalação do aplicativo do grupo, o “genesis.net”, e de informar os dados pessoais, as pessoas eram pressionadas a aplicar valores.
Os contatos eram feitos através de grupos do WhatsApp, ferramenta usada para repassar orientações de como investir partido de informações privilegiadas” dos falsos consultores.
De acordo com relatos das vítimas, as abordagens sempre afirmavam que aquele era o “momento ideal” e que o tempo era curto para usufruir dos “investimentos altamente rentáveis”.
De acordo com o Valor Investe, a suspeita é que pelo menos três empresas falsas tenham sido inventadas para desviar dinheiro.
Este falso grupo teria conquistado a confiança dos investidores através da cópia do nome da ‘Gênesis Investimentos’, que não possui nenhuma ligação com a investigação. Ela é uma empresa regular no ramo de investimentos, de acordo com o delegado Heleno dos Santos, titular da delegacia de polícia de São Luiz Gonzaga (RS) e encarregado pela investigação.
Redes sociais ajudam a identificar golpistas
Através das redes sociais, foram identificados os suspeitos envolvidos no golpe. “Muitas vezes os golpistas ainda alugaram luxuosas salas comerciais e de reuniões, simulando reuniões de trabalho, de modo a conferir maior credibilidade ao golpe”, disse o delegado para o G1 RS.
Até o momento já foram expedidas 79 ordens judiciais para serem cumpridas nos três estados citados e já foram identificadas ao menos 11 pessoas suspeitas de participarem do grupo criminoso.