TENSÃO! Entregadores do iFood, Uber, Rappi e demais apps são INTIMADOS pelo governo

O Brasil tem hoje 1.660.023 pessoas trabalhando como motoristas ou entregadores de aplicativos, os dados são do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap). Devido ao crescimento dessa profissão e da relação com plataformas como iFood, Uber, Rappi, 99 e outros, o Ministério do Trabalho e Emprego decidiu se posicionar em defesa dos profissionais desse segmento.

TENSÃO! Entregadores do iFood, Uber, Rappi e demais apps são INTIMADOS pelo governo
TENSÃO! Entregadores do iFood, Uber, Rappi e demais apps são INTIMADOS pelo governo (Imagem: FDR)

Desde o início da ocupação no cargo, o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou que o governo brasileiro tem interesse em regulamentar a prestação de serviço dos entregadores e motoristas por aplicativo. Para isso, foi criado um Grupo de Trabalho (GT) com o objetivo de discutir novas regras para essa profissão, e estabelecer um acordo com as multinacionais.

Hoje, o trabalhador por aplicativo não tem qualquer vínculo direto com a empresa pela qual presta serviço. Quer dizer, não recebe nada além do valor parcial pela viagem ou entrega que foi realizada, conforme é previsto no contrato de termos e condições aceito pelo próprio profissional ao criar seu cadastro. Por outro lado, pode criar seus próprios horários e dias de atuação pela plataforma.

A ideia é criar uma espécie de acordo entre motoristas ou entregadores com a plataforma a qual criaram o seu cadastro. Por meio desse acordo eles teriam acesso a uma série de garantias financeiras e sociais, e a própria empresa ficaria mais “tranquila” com essas determinações. A montagem do plano regulamentário está em fase de processamento das sugestões.

O que pode mudar para entregadores e motoristas de App?

No dia 20 de junho o Grupo de Trabalho do atual governo se reuniu com membros da Amobitec (Associação Brasileira de Mobilidade e Tecnologia), onde foram discutidas medidas que devem alterar a relação entre os entregadores e as plataformas. 

A conclusão das empresas como Uber, iFood, Rappi, 99 e outras, é de que devem haver mudanças no contrato de trabalho, mas sem firmar nenhum tipo de vínculo empregatício. Em outras palavras, eles não têm interesse em registrar o profissional como um empregado fixo, usando o sistema CLT (Consolidação de Leis Trabalhistas).

As propostas apresentadas pela Amobitec incluem:

  • Criação de uma nova legislação que possa ser seguida tanto pelos motoristas como pelas plataformas;
  • Liberdade para o profissional definir horários, dias e períodos de trabalho, garantida sua autonomia para decidir quando conectar ou desconectar das plataformas;
  • Criação de um regime específico para esse grupo na Previdência Social;
  • Salário mínimo nacional proporcional ao tempo efetivamente e comprovadamente trabalhado, sem impedir que hajam remunerações superiores.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com