O Brasil passou um período de problemas em suas hidrelétricas e a conta de luz teve um aumento significantivo para a grande maioria do brasileiros, durante boa parte do ano de 2022. Porém, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) já comunicou que não haverá reajuste neste mês de julho.
O consumidor não pagará cobrança extra sobre a conta de luz em julho pois a Aneel manteve a bandeira verde para todos os consumidores conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).
Segundo a Aneel, a bandeira verde foi escolhida devido às condições favoráveis de geração de energia. A medida se deu após o nível de armazenamento dos reservatórios atingir 87% em média no início do período seco, o que explica o cenário favorável do momento.
Bandeiras da conta de luz
Criadas em 2015 pela Aneel, as bandeiras tarifárias refletem os custos variáveis da geração de energia elétrica. Categorizadas por níveis, elas indicam quanto está custando para o SIN gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.
Quando o custo de produção aumenta, a agência pode acionar as bandeiras amarela ou vermelha patamar 1 ou 2 — que representam custo extra ao consumidor.
Já a bandeira verde não acrescenta custos às tarifas dos consumidores de energia com base no seu consumo mensal. Essa bandeira está em vigor desde 16 de abril do 2022, ou seja, há mais de ano.
Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos, que variam de R$ 2,989 (amarela) a R$ 9,795 (vermelha patamar 2) a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.
Bandeira verde o ano todo
Em nota, a Aneel afirma que é bastante provável que a bandeira verde fique acionada durante todo o ano de 2023.
“A Aneel atualiza constantemente suas projeções de acionamento das bandeiras tarifárias e, com os dados até aqui realizados, se considera bastante provável o acionamento da bandeira verde para todo o ano de 2023.”
Reajustes na conta de luz
Quando a bandeira de escassez hídrica vigorou, de setembro de 2021 a 15 de abril de 2022, o consumidor pagava R$ 14,20 extras a cada 100 kWh. A conta de luz está sem essas taxas desde o fim da bandeira de escassez hídrica.
Segundo a agência, os aumentos refletem a inflação e o maior custo das usinas termelétricas, decorrente do encarecimento do petróleo e do gás natural.