Não são apenas as compras nos supermercados que têm chamado atenção dos consumidores brasileiros. Quem foi a farmácia nos últimos dias também percebeu que o preço dos remédios está mais alto do que o comum. Para aquele que usa medicamento de forma rotineira pode ser que os aumentos não tenham sidos sentidos, mas no uso de medicamento contínuo o reajuste pesou.
Segundo levantamento feito pela Precifica, empresa especializada em estratégias de precificação, o Índice de Preços de Medicamentos no e-commerce (IPM-Com) subiu 6,6% em maio em relação a abril. A pesquisa levou em conta a venda de remédios na região metropolitana de São Paulo, por isso não dá dimensão da oscilação de preços a nível nacional.
No entanto, o aumento pode ser visto em outras cidades e estados devido ao reajuste que foi concedido para esses produtos em março desse ano. Na ocasião, a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) aprovou alta de 5,6% nos remédios, baseada no reajuste da inflação. Além desse ponto, o presidente da Precifica, Ricardo Ramos, cita outras duas razões para o aumento.
O fato da mudança do clima com maior incidência de chuva que eleva as doenças respiratórias e o aumento de procura por antigripais. Além do custo do repasse de preço das fábricas para as drogarias, exemplo disso foi o Índice de Preços ao Produtor (IPP) ter alcançado 3,97% para a categoria “fabricação de produtos farmoquímicos e produtos farmacêuticos”.
Remédios que ficaram mais caros em SP
A pesquisa procurou o preço dos remédios mais comuns e consumidos, pertencentes a nove grupos diferentes e comercializados em seis grandes redes farmacêuticas com atuação no e-commerce. Ou seja, redes que fazem a venda dos seus produtos online, em sites ou redes sociais.
O único grupo de medicação que apresentou queda no período foi o de antiparasitas, com um recuo de 34,04%. A alta de valores, no entanto, pôde ser encontrada em medicamentos como:
- Antigripais: aumento de 21,76%;
- Anti-histamínicos (antialérgicos): aumento de 13,18%;
- Anticoncepcionais: aumento de 7,31%.
Chama atenção o fato dos remédios usados para combate a gripe terem caído 14,36% em abril, mês que antecedeu essa elevação de valor.