O cartão de crédito é um grande aliado dos brasileiros em sua rotina. No entanto, é preciso ficar atento para não se enrolar, já que o cartão de crédito possui uma das taxas de juros mais alta do mercado. Este cenário pode ficar um pouco melhor após uma atitude do governo.
O governo vai lançar, através do Ministério da Fazenda, medidas para amenizar os altos juros do rotativo do cartão de crédito.
Governo lança medidas voltadas para o cartão de crédito
Estas novas medidas criadas pelo governo não tem a intenção de tabelar as taxas do rotativo do cartão ou de acabar com o parcelamento sem juros, prática usada de forma frequente no comércio do país.
Foi o que garantiu em uma entrevista ao Estadão/Broadcast o secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Marcos Barbosa Pinto.
A equipe comandada pelo ministro Fernando Haddad e o Banco Central passaram a olhar com mais atenção para os juros do rotativo do cartão de crédito após a grande pressão vinda da população, de parlamentares e também do presidente Lula e da primeira-dama Janja.
Na visão de Marcos Barbosa, a pressão vinha da população é legitima diante do elevado patamar dos juros do rotativo, que se aproximou dos 450% ao ano no mês de abril, contra 13,75% ao ano da Selic.
Não haverá tabelamento
O mercado de cartões teme que o governo faça o tabelamento dos juros. Na visão do secretário, não existe uma medida “mágica” para resolver esta questão. Isto pois o mercado de cartões no país é algo complexo, que envolve diversas tarifas que são cobradas dos lojistas e dos consumidores.
“São muitas partes envolvidas no arranjo: a credenciadora, o lojista, a instituidora ou a bandeira, e o banco emissor. E existem tarifas sendo cobradas em toda essa cadeia”, afirmou ele ao Estadão.
Por fim, Marcos ressaltou a importância de enfrentar o subsídio cruzado (aquele embutido na própria tarifa) no mercado. No entanto, o secretário garantiu que o problema será atacado por um grupo de medidas criadas para não prejudicar a complicada estrutura desse mercado. “Não pensamos em limitar o parcelado sem juros nem em tabelar os juros do cartão”, disse ele ao Estadão.