DEFINIDO! Piso salarial da enfermagem tem NOVO valor anunciado pelo Governo

Depois de longos meses de discussão, em maio desse ano o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) finalmente sancionou o projeto de lei que criou o piso salarial da enfermagem. O valor beneficia não só os enfermeiros, mas os técnicos e as parteiras. Recentemente, em 20 de junho, a Ministra do Planejamento, Simone Tebet anunciou a liberação de novos incentivos para esse grupo.

DEFINIDO! Piso salarial da enfermagem tem NOVO valor anunciado pelo Governo
DEFINIDO! Piso salarial da enfermagem tem NOVO valor anunciado pelo Governo (Imagem: FDR)

De acordo com informações compartilhadas pela ministra Simone Tebet por meio das suas redes sociais, o Orçamento de 2024 vai incluir R$ 11 bilhões de recursos da União para apoiar o pagamento do piso salarial da enfermagem pelos estados e municípios do país. Isso porque, com o novo valor mínimo a ser liberado para esses profissionais os gastos vão subir.

Tanto as empresas privadas, como hospitais e clínicas, como as públicas e as filantrópicas, terão que assumir um novo valor de pagamento para os profissionais da área da saúde. Com essa mudança os custos para manter os enfermeiros, técnicos e parteiras sobe, logo receber a ajuda do governo federal é uma forma de aliviar o “bolso” e não ter de cortar funcionários e custos.

Mesmo após o Supremo Tribunal Federal (STF) ter liberado o pagamento do piso salarial da enfermagem em 15 de maio, há resistência por parte dos empregadores em liberar esse novo valor. A justificativa é de que faltam recursos para lidar com os novos salários, e que existe o risco de cortar pessoal para cumprir o orçamento.

Novo piso salarial da enfermagem pode forçar desemprego?

Empregadores e municípios resistem ao novo piso salarial da enfermagem, sob justificativa de que esse valor reprime os seus recursos e força as demissões. No entanto, para Marilane Teixeira, economista e pesquisadora do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit), a instituição de pisos salariais traz avanços significativos, valorizando as ocupações e melhorando os rendimentos do trabalho.

Em outras palavras, seria preciso que os empregadores vissem esse piso como um investimento e não como um gasto. No documento aprovado pelo STF, foi estabelecido que o pagamento feito por municípios e estados devem contar com recursos vindos da União. Enquanto a iniciativa privada pode fazer a negociação coletiva, que permitiria pagar abaixo do piso para evitar demissões.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com