Fãs de Taylor Swift podem ter os ingressos CANCELADOS por determinação judicial

A venda de ingressos para os cinco shows da Taylor Swift causou um alvoroço para os fãs da artista americana. Nas redes sociais, muitos afirmaram que vários ingressos foram comprados por cambistas, que estão revendendo a preços muitos mais altos e isso poderá gerar cancelamentos.

Fãs de Taylor Swift podem ter os ingressos CANCELADOS por determinação judicial
Fãs de Taylor Swift podem ter os ingressos CANCELADOS por determinação judicial. (Imagem: FDR)

Turnê da cantora Taylor Swift, que vai passar pelo país em novembro, soma relatos de ameaças de cambistas em fila e tentativas frustradas de compra de entradas em site. No entanto, poucos esperavam que a situação fosse se tornar manchete internacional e que o Ministério Público fosse acionado.

Muitos fãs relataram ações violentas dos cambistas nas filas presenciais no Rio de Janeiro e em São Paulo e acusaram a empresa responsável, a Tickets for Fun, de ter um esquema com os criminosos.

Fãs relataram que os cambistas até se disfarçaram como idosos e um até teria fingido ser cadeirante para conseguir acesso à fila presencial. A polícia foi chamada, mas interferiram muito pouco na situação. A tag T4F QUEREMOS RESPEITO virou um dos assuntos mais comentados do Twitter.

Na internet, a busca por ingressos também teve proporções monumentais — e frustrações. Na fila virtual no site da t4f, as senhas ultrapassavam a casa do 1,5 milhão. Em menos de 30 minutos, os ingressos já estavam esgotados. Uma primeira pré-venda foi realizada no início da semana para aqueles que haviam adquirido ingressos para o show cancelado de 2020.

Na sexta-feira (9), uma segunda pré-venda, essa pelo cartão do C6 Bank, também bateu mais de 1 milhão de acessos. Muitos relatos on-line, porém, afirmam que o site não concluiu compras pelo cartão do banco, fazendo com que usuários perdessem seu lugar na fila.

Taylor Swift no Brasil: Ministério Público é acionado

Após a repercussão e indicativo de comportamento criminoso, a deputada federal Erika Hilton informou que acionou o Ministério Público para investigar o caso. A parlamentar revelou seu pedido para que “se amplie o escopo da investigação já existente, do show da RBD e Eventim, pra que incluam o show da Taylor Swift e a T4F”.

A deputada revelou as denúncias realizadas por milhares de fãs ao redor do país: “Há relatos de cambismo, casos de violência envolvendo cambistas e até suspeitas de serviços digitais voltados à “furar filas” virtuais pra compra de ingressos. Tudo isso fere os direitos do consumidor, e se já há uma investigação do MP ocorrendo sobre o tema, cabe sua ampliação.”

Devido à grande produção e o alto número de ingressos comercializados, a tendência é que os shows não sejam cancelados. No entanto, será necessário aguardar as medidas do Ministério Público.

O comércio paralelo de ingressos é ilegal no país. Porém, não há previsão jurídica para consumidor que compra ingresso com o cambista, portanto, quem adquire o ingresso não pratica crime.

Em plataformas não oficiais, os bilhetes são encontrados por valores mais elevados do que nos pontos oficiais. Para a apresentação que irá ocorrer no Rio de Janeiro, por exemplo, as entradas custam de R$ 480 a R$ 950. Já nos sites de venda paralela, são oferecidas por montantes que vão de R$ 1.471 a R$ 6 mil. O cenário se repete para os shows de São Paulo. As vendas oficiais custam entre R$ 380 e R$ 1.050, enquanto os cambistas cobram de R$ 2,3 mil a R$ 4 mil.

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