Já tem algum tempo que o consumidor brasileiro tem sentido um aumento considerável no valor dos veículos. O carro popular já não tem mais valor popular, e está cada vez mais difícil de conseguir fazer uma nova aquisição. Diante disso, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou uma proposta que pretende baratear os custos para comprar um carro novo.
Algumas pessoas ainda nutrem o sonho da compra de um carro 0 km, mas com a inflação alta e a falta de matéria prima nas construtoras, esse sonho tem ficado cada vez mais distante. Em nome do governo Lula, na quinta-feira (25), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB) anunciou um pacote de medidas para baratear o preço dos automóveis.
Antes de começar a valer, a medida precisa do aval do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que é o responsável por fazer os cálculos e entender se financeiramente abrir mão de algumas cobranças vale a pena para o governo. Tudo porque, a ideia é reduzir a cobrança de impostos como o IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e o PIS/Cofins.
Especialista do mercado acredita que com a iniciativa do governo Lula, até o fim desse ano pelo menos 2,3 milhões de carros poderão ser emplacados. Em outras palavras, esse é o número de veículos que devem ser vendidos nesse ano após a redução de custos para a concessionária e para o consumidor final. Hoje, os carros populares partem de R$ 68.990.
Como o governo Lula quer baratear os carros?
De acordo com o plano apresentado por Geraldo Alckmin, a redução dos impostos vai valer apenas para veículos com valor inferior a R$ 120 mil. Justamente para tentar atender ao público que deseja comprar um veículo popular de zero quilometragem, mas ainda não conseguiu.
Por isso, a proposta do governo Lula possuí quatro pilares importantes:
- Diminuição do preço: queda deve ser de 10,96% por veículo para que os carros populares partam de R$ 60 mil;
- Eficiência energética: quanto mais econômico e menos poluente for aquele modelo, mais redução haverá no seu valor;
- Densidade industrial: veículos que possuem mais peças fabricadas no Brasil, terão maior redução na cobrança dos impostos.