VAI SALVAR? Lula anuncia estratégia inusitada que afetará o bolso dos brasileiros

Na segunda-feira, 15, o relator do novo arcabouço fiscal, deputado federal Claudio Cajado (PP-BA), apresentou o texto aos líderes partidários. A votação do texto já deve começar a acontecer nessa quarta-feira, 17, e a ideia é acelerar os processos legais do projeto na Câmara dos Deputados. Durante a construção do arcabouço, foi preciso atender aos pedidos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

VAI SALVAR? Lula anuncia estratégia inusitada que afetará o bolso dos brasileiros
VAI SALVAR? Lula anuncia estratégia inusitada que afetará o bolso dos brasileiros (Imagem: FDR)

Antes mesmo do texto chegar ao Congresso Nacional, o presidente Lula se reuniu com o núcleo de governo e definiu quais são as suas prioridades econômicas: manter a valorização do salário mínimo e do Bolsa Família. Por isso, o relator Claudio Cajado precisou arrumar formas de blindar esses dois pontos na construção das metas fiscais do arcabouço.

Na prática, isso significa que tanto os gastos gerados com a valorização do salário mínimo como os investimentos no Bolsa Família, estariam garantidos mesmo o governo descumprindo a meta fiscal. O relator do texto na Câmara, que é o deputado responsável por fazer as negociações, acatar ou desacatar sugestões, decidiu aceitar pedidos do centrão e da oposição.

A ideia é que buscando apoios do arcabouço, o texto possa ser votado o quanto antes. E ainda, que o projeto original contendo o que foi solicitado pelo presidente Lula, possa ser defendido pelos parlamentares. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reuniu com Cajado para discutir sobre o arcabouço antes da apresentação.

O que Lula defende para o Bolsa Família e salário mínimo?

O Congresso Nacional discute incluir no arcabouço fiscal um trecho que suspende a alta real do salário mínimo caso a meta de resultado primário seja descumprida por dois anos seguidos. Isso significa que o piso nacional contaria com o reajuste baseado no índice da inflação do ano anterior, mas sem aquela política de valorização aprovada no governo Lula.

A elevação do mínimo planejada pelo governo deve custar R$ 82,4 bilhões entre 2024 e 2026, o que preocupa os parlamentares. Foi incluso no texto penalizações para casos em que o governo federal não cumpra as metas, embora o relator tenha garantido que isso não será motivo para criminalização.

Por isso, o presidente pede que o Bolsa Família e o salário mínimo fiquem fora dessas penalizações caso o governo opte por aumentar os investimentos. A votação do texto deve acontecer nessa semana, em busca de uma rápida aprovação.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com
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