Nesta quinta, 4, o ministro da Fazenda do governo Lula, Fernando Haddad, emitiu sua opinião sobre uma importante decisão tomada pelo Banco Central. Haddad não gostou da decisão tomada e disse estar “preocupado”. Entenda.
Haddad criticou a decisão do Copom (Comitê de Politica Monetária) do Banco Central em manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano. A decisão sobre a Selic foi tomada na última reunião do comitê na quarta, 3.
Haddad critica decisão do Banco Central
O ministro disse ontem que ficou bastante preocupado com esta decisão. Ao longo dos primeiros meses do governo Lula, a Selic permaneceu em 13,75%, mas a taxa está nesse patamar desde setembro do ano passado.
“Da minha parte jamais haverá pressão política, no pejorativo, sobre um órgão público que tem a mesma legitimidade que eu tenho ao ser designado pelo presidente”, disse Haddad, segundo o UO.
O presidente Lula também demonstra sua insatisfação com a taxa de juros desde o início de seu mandato e sempre defende a necessidade de reduzir a Selic, fala que vem sendo ignorada pelo Banco Central.
O ministro reforçou que “faz 10 anos que esse país não cresce” e afirmou ainda que a taxa “importa à política fiscal, planejamento de longo prazo, reindustrialização, empresários que desejam vir ao Brasil”, segundo o UOL.
A decisão do Copom também foi criticada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin. “Não é possível ter uma taxa Selic de 13,75%, o maior do mundo, não tendo inflação de demanda. Evidente que isso é problema”. As declarações de Haddad e de Alckmin foram dadas em um evento do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável.
Ambos defenderam que é necessária uma reforma tributária, assunto que o governo quer votar ainda neste semestre.
Vamos perseverar no diálogo com o Banco Central, com a sociedade, porque entendemos ser um tema muito importante e não se opõe o político ao técnico, há visões sobre como operar a política econômica que devem ser apreciadas pela sociedade, todo mundo é capaz de entender.”, disse Haddad, segundo o UOL.
O que disse o Copom
A decisão pela manutenção da Selic foi justificada pelo Copom. Foi dito que a inflação ao consumidor “segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta”, segundo o UOL.
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