Banco vai à falência e deixa muita gente preocupada

Após balançar na decisão por algumas semanas, um banco foi à falência na segunda-feira (1º), porém, logo após houve um anúncio surpreendente para os usuários da instituição.

Banco vai à falência e deixa muita gente preocupada
Banco vai à falência e deixa muita gente preocupada. (Imagem: FDR)

O banco regional First Republic, de São Francisco, vinha enfrentando problemas graves desde março, com o início da turbulência que se abateu sobre o setor bancário nos Estados Unidos. Ele decretou falência, mas as autoridades americanas intervieram na instituição e venderam a maior parte para o JPMorgan Chase.

Os reguladores dos EUA passaram o fim de semana correndo atrás de um comprador e tentando fechar a operação antes da abertura dos mercados na segunda-feira (1).

JPMorgan Chase agora assume os ativos, em um acordo liderado pelo governo americano, e pagará US$ 10,6 bilhões à FDIC (fundo garantidor dos EUA) como parte do acordo para comprar a maior parte dos ativos. Todos os clientes da instituição falida irão para o outra instituição e terão acesso aos depósitos.

A transação, anunciada nas primeiras horas da manhã na segunda-feira (1), depois que os reguladores americanos decretaram a falência do First Republic, aumenta ainda mais o tamanho do já maior banco americano.

Banco dos ricos

O First Republic é especializado em “private banking”, que atende pessoas mais ricas, e é focado em empresas de capital de risco. Seu fundador, Jim Herbert, iniciou o First Republic em 1985 com menos de 10 pessoas. Em julho de 2020, o banco disse que estava classificado como o 14º maior dos EUA, com 80 escritórios em sete Estados. Empregava mais de 7,2 mil pessoas no final do ano passado.

Como outros credores regionais, o First Republic se viu pressionado quando o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) aumentou as taxas de juros para combater a inflação, o que prejudicou o valor dos títulos e empréstimos que o banco comprou quando as taxas estavam baixas.

Enquanto isso, os depositantes fugiram, em busca de melhores retornos e, em seguida, com medo do destino da instituição, após se espalharem as preocupações com a saúde da instituição. O resultado foi um buraco de capital grande o suficiente para impedir que um grande salvador avançasse.

Falência do banco

O First Republic foi a segunda maior falência de um banco na história dos Estados Unidos, e a quarta instituição regional a entrar em colapso desde o início de março – depois do Silicon Valley Bank, Signature Bank e Silvergate Bank.

O First Republic, que tinha US$233 bilhões em ativos no fim de março, fica atrás, em quesito falência, apenas da quebra do Washington Mutual –outro comprado pelo JPMorgan– na crise de 2008.

“A falência do First Republic Bank mostra como a desregulamentação tornou o problema do ‘grande demais para quebrar’ ainda pior”, disse a senadora Elizabeth Warren, de Massachusetts, em um tuíte.

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