Muito tem se falado que não vale a pena deixar o dinheiro na poupança pois sua rentabilidade é menor do que o índice da inflação, por isso, deixar lá é tão prejudicial quanto uma conta sem rendimento. Com isso, uma ‘nova poupança‘ tem atraído muitos brasileiros. Saiba como funciona.
A forte demanda por títulos públicos aconteceu em um mês de vencimentos altos desses títulos públicos e, também, de alta dos juros básico da economia, atualmente o maior em mais de seis anos, o que aumenta a remuneração pelo governo federal e, consequentemente, a atratividade para os investidores.
Um mês de crescimento expressivo na rentabilidade dos títulos públicos foi o suficiente para que as taxas recuassem e voltassem a patamares anteriores. Porém, os juros oferecidos pelo Tesouro Direto está num patamar tão elevado, que não é válido dizer que uma queda de alguns pontos percentuais o torna ruim.
Além do aumento dos juros para conter a inflação, os títulos públicos também renderam mais, nos últimos meses, por conta das tensões envolvendo o Banco Central, com ataques do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e dúvidas dos investidores sobre as contas públicas.
Esses fatores elevaram ainda mais a curva de juros do mercado futuro — que serve de base para as taxas do Tesouro Direto.
A nova poupança intitulada Tesouro Direto
O Tesouro Direto é um tipo de investimento de renda fixa, mas isso não quer dizer que os preços e taxas dos títulos públicos não apresentam variações ao longo do tempo. Renda fixa é um tipo de investimento em que você já conhece as condições sob as quais o seu investimento vai render.
Tanto nos papéis prefixados como naqueles indexados ao IPCA, quanto maior a taxa, menor o preço. Quando as taxas sobem, portanto, apesar de ser uma boa notícia para quem vai investir — já que assegura rentabilidade maior se mantiver a aplicação até o vencimento —, o valor de mercado dos papéis diminui, o que implica em perda temporária para quem possui os títulos na carteira.
O que esperar da ‘nova poupança’ no mês de maio?
No Brasil, o desenrolar do arcabouço fiscal vai guiar o termômetro dos próximos passos. O investidor precisa continuar de olho nos indicadores do mês, que devem reagir à proposta encabeçada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
No exterior, a economia americana ora mostra que está fortalecendo, ora beira à recessão. A inflação segue preocupando as autoridades, que deixaram claro, durante todo o mês, a preocupação com o índice. As autoridades monetárias se reúne na quarta-feira (3) para decidir sobre os juros do país. A expectativa é de mais uma alta.