EMPRÉSTIMOS do governo Bolsonaro voltam a PESAR no bolso dos solicitantes

Sob comando do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os empréstimos liberados para famílias em situação de vulnerabilidade social agora se tornaram um caos. Isso porque, o Ministério do Desenvolvimento Social aprovou um pente-fino no Cadastro Único que tem cancelado o pagamento de milhões de pessoas. Sem o desconto das parcelas no salário, esse grupo tem que arcar com o pagamento do seu próprio bolso.

EMPRÉSTIMOS do governo Bolsonaro voltam a PESAR no bolso dos solicitantes
EMPRÉSTIMOS do governo Bolsonaro voltam a PESAR no bolso dos solicitantes (Imagem: FDR)

Em 2022 foi criado o empréstimo consignado do Auxílio Brasil, um benefício aprovado pelo presidente Bolsonaro. A liberação começou poucas semanas antes do primeiro turno das eleições, por isso foi visto por muitos especialistas como uma estratégia eleitoreira da última equipe a fim de conseguir a reeleição. O produto foi criticado por diversos especialistas.

Tudo porque, o consignado permitia que até 40% do valor pago no Auxílio Brasil, hoje o Bolsa Família, pudesse ser comprometido para pagar esse empréstimo. O valor máximo da parcela é de R$ 160, com taxa de juros de até 3,5% ao mês. Por isso as críticas, já que o consignado diminuía o auxílio para sobrevivência das famílias pobres.

O número máximo de parcelas são de 24, ou seja, dois anos de descontos mensais no pagamento do benefício. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitou a reformulação desse crédito com o início do Bolsa Família. E desde março desse ano a margem consignável passou a ser 5% (parcelas a R$ 30), juros de até 2,5% ao mês e até 6 meses para pagar.

Quem foi excluído do Bolsa Família paga o empréstimo de Bolsonaro?

Sim! Quem contratou o empréstimo consignado na época do governo Bolsonaro, mas no recente pente-fino do Bolsa Família foi excluído, precisará continuar pagando pelo crédito. Para isso todos os meses, no dia em que receberia o programa, deve depositar o valor da parcela na sua conta do Caixa Tem e aguardar que o débito seja feito pelo banco.

Ao todo, foram realizados 3.484.354 empréstimos até o início do mês de novembro de 2022. O número correspondia a cerca de 16,5% do total de beneficiários até o fim do último ano. Apenas no Distrito Federal foram liberados R$ 65 milhões pelos bancos para essa finalidade.

Quem não tem condições de arcar com o valor das parcelas restantes do crédito, pode tentar um acordo com o banco. Caso contrário, terá seu nome inscrito nos órgãos de proteção ao crédito.

Lila CunhaLila Cunha
Formada em jornalismo pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) desde 2018. Já atuou em jornal impresso. Trabalha com apuração de hard news desde 2019, cobrindo o universo econômico em escala nacional. Especialista na produção de matérias sobre direitos e benefícios sociais. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: lilacunha.fdr@gmail.com