- Diante dos altos valores, vale mais a pena renegociar o aluguel ou mudar?
- Confira dicas que podem te ajudar no processo de renegociação
O aluguel nunca foi uma despesa barata para as famílias. No entanto, o que já era caro ficou ainda pior recentemente. Os preços dos aluguéis residenciais exibidos em anúncios cresceram 17% em média nos últimos doze meses encerrados em março, de acordo o Índice FipeZAP de Locação, que monitora preços em 25 cidades brasileiras. Diante disso, o que vale mais a pena: renegociar o preço do aluguel ou mudar de casa?
O valor do aluguel residencial, segundo o índice FipeZAP, teve um aumento de 17%, ficando bem acima da inflação IPCA (+4,65%) e do IGPM/FGV (+0,17%) do período. Considerando isto, mudar de imóvel neste momento não é a melhor escolha. Em contrapartida, os índices de inflação utilizados como base para reajuste dos contratos em vigência estão bem abaixo deste patamar.
Renegociar o aluguel ou mudar de casa?
Diante do que foi citado acima, as chances do inquilino encontrar imóveis parecidos com o atual por um valor abaixo do que ele paga atualmente será bem mais difícil. É claro que caso o desejo da pessoa seja economizar e para isso esteja disposta a mudar para um local menor, em um bairro mais afastado, entre outras coisas, esta regra não se aplica a ela.
É preciso lembrar ainda que toda mudança gera custos como transporte de móveis, pagamento de caução (quando se aplica) e em alguns casos até pequenos retoques no imóvel (como pintura, por exemplo).
Caso o seu contrato esteja próximo de acabar e o proprietário quer aumentar o valor cobrado de aluguel, é importante tentar negociar valores inferiores aos 17% pedidos pelo mercado atualmente.
Aluguel sobe em março
Considerando apenas o mês de março, o valor do aluguel residencial cresceu 1,75%, batendo um pico quando comparamos com os três meses anteriores, que tiveram aumentos um pouco mais leves. No mês de dezembro do ano passado, foi registrado aumento de 0,88%. Já em janeiro, o aumento foi de 1,21%, e em fevereiro, 1,61%.
O aluguel encareceu mais no último mês em Florianópolis (+5,68%); Goiânia (+5,18%); Fortaleza (+4,15%); Rio de Janeiro (+2,31%); Salvador (+2,15%); Belo Horizonte (+2,06%); Curitiba (+1,83%); São Paulo (+1,38%); Brasília (+0,48%); Porto Alegre (+0,40%); e Recife (+0,18%).
A cidade de São Paulo segue com o metro quadrado mais caro entre as cidades monitoradas, com uma média de R$ 47,06/m². Logo depois aparecem Florianópolis (R$ 43,84/m²); Recife (R$ 43,63/m²), Rio de Janeiro (R$ 40,16/m²) e Brasília (R$ 37,19/m²).
Já entre as capitais que possuem os valores mais baixos estão Fortaleza (R$ 25,05/m²), Porto Alegre (R$ 28,23/m²), Goiânia (R$ 29,69/m²) e Curitiba (R$ 31,61/m²).
Dicas para renegociar o valor do aluguel
Caso você verifique que no seu caso vale mais a pena renegociar o valor do aluguel, confira dicas especiais que podem te ajudar neste momento:
- Sente e converse
Mesmo que não seja obrigatório por lei que proprietários e inquilinos reduzam os preços do aluguel estabelecido em contrato, uma conversa entre as partes pode ajudar na renegociação em momentos de inflação e preços altos.
- Relação de confiança
Em todas as negociações é preciso que exista uma confiança mútua entre proprietários e inquilinos. Esta confiança ajuda nas tratativas no momento de renegociar o aluguel e também em outras questões que podem surgir.
Se o imóvel tiver sido alugado por intermédio de uma imobiliária e você se deu conta de que suas finanças vão ficar apertadas, vale a pena contatá-la com antecedência, para tentar achar uma saída.
- Tenha bons argumentos
No momento de conversar sobre a renegociação do preço do aluguel, tenha bons argumentos para mostrar a outra parte situação financeira e tentar entrar em acordo.
- Seja um bom inquilino
Os inquilinos exemplares costumam ter vantagens nas negociações. Aquele inquilino que paga sempre em dia, que cuida do imóvel e que já o ocupa há muito tempo. Os donos dificilmente vão querer perder um bom inquilino para colocar um desconhecido no local.
- Saiba ouvir
Sempre tenha uma proposta bem definida para apresentar ao outro lado. Porém, tenha em mente que o proprietário também tem suas necessidades e certamente tem uma proposta a ser apresentada. Neste momento é importante ouvir a outra parte para chegar em um acordo.