O Ex-presidente Jair Bolsonaro saiu do poder há pouco mais de quatro meses, mas as polêmicas que o envolvem seguem chamando a atenção. Segundo dados do Portal de Transparência da CGU (Controladoria Geral da União), os gastos com roupas de cama e banho durante a passagem de Bolsonaro pelo Palácio da Alvorada não foram nada baratos.
Os dados revelam que os gastos com roupas de cama e banho ao longo do governo de Jair Bolsonaro totalizaram R$35.224,66 para os cofres públicos. Porém, este dado não condiz com a declaração dada no domingo, 16, pela ex-primeira-dama Michele Bolsonaro em suas redes sociais.
Gastos com enxoval no governo Bolsonaro
De acordo com Michele Bolsonaro, nenhuma licitação de enxoval para o Palácio da Alvorada foi feita durante o governo. “Ficamos 4 anos no Alvorada, não fizemos nenhuma licitação de enxoval, não tinha toalha, roupas de cama decentes. Usei os meus lençóis na minha cama, na cama de visitas, para não fazer licitação, porque entendi o momento que nós estávamos vivendo”, disse ela em suas redes sociais.
No entanto, segundo o Portal de Transparência, foram detectadas duas compras efetuadas pelo servidor Maurilio Costa dos Santos em nome da Presidência. A 1ª compra foi realizada em julho de 2020 e custou R$ 14.578,06. Foram adquiridos 100 itens, entre lençóis de cama king size e toalhas de fio egípcio.
Já a segunda compra aconteceu em dezembro do mesmo ano e teve o valor de R$20.646,60. Nesta compra, foram adquiridos 140 lençóis, 140 colchas de cama de solteiro, 140 fronhas, 140 toalhas e 40 colchas de cama tipo edredom.
Ex-primeira-dama é questionada
No último domingo, 16, Michelle respondeu a seguinte pregunta: “Onde estão os móveis do Palácio da Alvorada? Aguardando ansioso por sua resposta…”
Ela então respondeu e disse que os móveis estariam “ou no depósito 5 do Palácio da Alvorada, ou no depósito da Presidência”. “Existe esse depósito com várias cadeiras, mesas, sofás, quadros, que você pode fazer esse rodízio”, afirmou.
“Fiquei 6 meses dormindo na cama do Alvorada. Cama que outros presidentes usaram. No 2º semestre de 2019, minha mudança chegou. Até a pedido da minha filha Laura, que queria que fizéssemos uma sala com os móveis da nossa casa do Rio de Janeiro. Então, tiramos os móveis, que foram para o depósito, e coloquei os (meus) móveis no quarto e na sala”, afirmou.
