O atual grupo de beneficiários do Bolsa Família terá acesso a um cartão de débito que será entregue em primeira mão pelo Governo Federal. Ao todo, serão emitidas 21 milhões de unidades a serem distribuídas no decorrer dos próximos meses.
O cartão de débito do Bolsa Família possibilitará saques parciais e integrais do benefício, além de ser usado como forma de pagamento em estabelecimentos comerciais. O objetivo é atualizar a ferramenta que hoje está em nome do Auxílio Brasil, além de diversificar as alternativas de uso da transferência de renda.
Logo, o cartão de débito do Bolsa Família será uma extensão do Caixa Tem, plataforma que hoje tem sido usada como o principal meio de viabilização do benefício social. De acordo com o Governo Federal, a emissão da ferramenta será automática na titularidade de cada beneficiário, logo, não há a necessidade de fazer solicitações.
No entanto, é recomendado que os beneficiários do Bolsa Família mantenham os dados atualizados perante o Cadastro Único (CadÚnico), pois essas informações como telefone e endereço, principalmente, serão utilizadas para entrar em contato com o segurado e realizar o envio da ferramenta.
Vantagens do cartão de débito do Bolsa Família 2023
O novo cartão de débito do Bolsa Família 2023 chegará com o propósito de:
- Facilita o uso do dinheiro. O cartão pode ser utilizado numa compra de supermercado. Hoje todos os usuários podem movimentar seu benefício pelo aplicativo Caixa Tem e por Pix;
- Quem não possui celular, acesso à internet ou não sabe mexer com o aplicativo precisa sacar o dinheiro no banco ou na lotérica;
- Já existe o cartão do Auxílio Brasil, adotado em julho pelo governo Bolsonaro. Permite fazer compras no comércio e sacar dinheiro na Caixa e na rede Banco24horas;
- Mas o cartão atualmente só atende a 8,5 milhões dos 21 milhões de beneficiários do Auxílio Brasil, segundo a Caixa. Faltam 12,5 milhões de pessoas.
Desvantagens do cartão de débito do Bolsa Família 2023
- O custo é alto. De acordo com a Caixa, a emissão do Cartão do Programa Auxílio Brasil custa R$ 14,24 por unidade, e o valor é bancado pelo Ministério da Cidadania. As pessoas não pagam nada;
- Se fossem emitidos 12,5 milhões de cartões, o valor total seria de R$ 178 milhões;
- Não há valores definidos sobre quanto a proposta custaria. O novo governo ainda vai fazer um pente-fino nos beneficiários para eliminar fraudes e só então decidirá se vai ou não implementar cartões para todos;
- O futuro governo também não disse se vai usar ou descartar os cartões atuais, que têm a marca Auxílio Brasil, do governo Bolsonaro. O programa vai voltar a se chamar Bolsa Família;
- Se os 8,5 milhões de cartões já emitidos fossem descartados, o custo para repô-los seria de mais de R$ 121 milhões.