Nesta terça-feira, 14/03, foi anunciado pelo Ministério da Gestão que certo grupo de trabalhadores poderão receber um aumento em sua remuneração. Reajuste já era previsto pelo governo federal, que não só terá um aumento salarial, mas também um valor acrescido em um dos seus benefícios. Acompanhe.
Foi anunciado pelo Ministério da Gestão, no início desta semana, que os servidores do executivo estão negociando um valor para receber um aumento em seus salários. O reajuste proposto pelo governo é de 9% na folha de pagamento, além de aumentar o vale-alimentação em R$200.
Com isso, o vale-alimentação dos servidores passaria a ser de R$658, enquanto os salários são variados de acordo com a função exercida. Medida já estava sendo estudada pelo governo Lula que, segundo a pasta, o valor do aumento já estava previsto na planilha orçamentária deste ano.
Os principais cargos exercidos por servidores na pasta do executivo não recebiam qualquer tipo de reajuste desde 2019, primeiro ano do governo Bolsonaro. Apesar de salários acima da média nacional, a inflação fez com que estes servidores também clamassem por um aumento no salário.
Caso aprovado pelos servidores, medida seria iniciada a partir de maio, para o recebimento no mês de junho. Servidores já haviam negado a primeira proposta, que seria um reajuste de 7,8% nos salários e, como segue proposto, um aumento de R$200 no vale-alimentação.
Quanto este reajuste custará aos cofres públicos?
O Brasil é conhecido por ser um país que gasta bastante com salários de funcionários estatais. De acordo com dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o país é um dos que mais gasta com salários no mundo, destinando mais do que a média mundial, que é de 10% do PIB.
Porém, durante o governo Bolsonaro, houve uma diminuição no número de concursos públicos realizados e também a falta de reajuste salariais para esta demanda, o que pode ter causado uma pressão no governo Lula para realizar o aumento salarial deste setor.
Ainda de acordo com dados do Tesouro Nacional, no ano passado foram destinados R$337,9 bilhões para a quitação da folha dos servidores públicos. Com a proposta feita para reajustar o salário em 9% + acréscimo de R$200 no vale-alimentação, isto deve gerar um impacto de R$11,2 bi nas contas públicas.