Estratégia para fugir da malha fina do IRPF pode prejudicar os contribuintes

Começa nessa quarta-feira (15) o período para envio da declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF). Os contribuintes terão até o dia 31 de maio para enviar o documento por meio das plataformas oferecidas pela Receita Federal. Quem cometer qualquer erro corre o risco de cair na malha fina do IRPF, o que vai atrasar o pagamento da restituição do imposto.

Estratégia para fugir da malha fina do IRPF pode prejudicar os contribuintes
Estratégia para fugir da malha fina do IRPF pode prejudicar os contribuintes (Imagem: FDR)

A novidade da Receita Federal desse ano é o modelo de declaração pré-preenchida. Por meio dela o próprio sistema preenche as informações relativas ao contribuinte baseado nos dados do último ano, e do cruzamento com outras plataformas. Basta que o cidadão faça as correções necessárias e envie o documento. A ideia é fugir da malha fina do IRPF com dados certeiros.

A intenção é aumentar o número de contribuintes que optam pelo recurso para 25%. No ano passado, 7,6% escolheram essa alternativa de modelo já pré-preenchido. Por isso, quem fizer a escolha por essa versão vai ganhar prioridade no recebimento da restituição do Imposto de Renda. Fato que tem chamado atenção da maioria dos contribuintes.

Embora esse processo seja mais rápido e simples, a própria Receita Federal faz uma alerta importante aos contribuintes. A de que leiam com atenção todos os dados que forem computados, a fim de que evitem erros e divergências de informações que acabam levando o cidadão a malha fina do IRPF. 

Declaração pré-preenchida pode levar a malha fina do IRPF

A orientação da Receita Federal é de que os contribuintes não confiem apenas na declaração pré-preenchida para enviar as informações. É preciso corrigir os dados que forem cadastrados de forma incorreta, além de informar novos pontos conforme os acontecimentos de 2022. Dessa forma, eles evitarão estar na malha fina do IRPF.

O contribuinte precisa mudar o dado na declaração, avisar o outro lado e guardar o comprovante, caso não ocorra a alteração. Se a fonte (originária da informação) não corrigir, a declaração cairá na malha fina e será retida“, diz Richard Domingos, diretor-executivo da Confirp Contabilidade à Folha de S. Paulo.

De acordo com a Receita Federal, existem quatro pontos que foram os principais responsáveis pela malha fina nos últimos anos:

  • Omissão de rendimentos do titular, especialmente de uma segunda fonte de renda, como aluguéis e trabalhos sem registro da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho);
  • Omissão de rendimentos de dependentes;
  • Despesas médicas: valores que não são declarados por uma das partes, gastos incluídos de pessoas que não são o titular ou dependentes e inclusão de despesas que não são dedutíveis como reembolso e testes de Covid-19;
  • Divergência no valor de imposto retido na fonte informado pelo contribuinte e o empregador.

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Lila Cunha
Autora é jornalista e atua na profissão desde 2013. Apaixonada pela área de comunicação e do universo audiovisual. Suas redes sociais são: @liilacunhaa, e-mail: [email protected]