Previsão da gestão anterior do INEP era que esse modelo de prova fosse aos poucos substituindo o exame impresso. No entanto, atual gestão anunciou a suspensão do ENEM Digital já a partir desse ano. Entenda o que motivou essa decisão.
Fato é que o Exame Nacional do Ensino Médio é uma das provas mais importantes do país, afinal, possibilita o ingresso no ensino superior de diversas formas. Recentemente o presidente do INEP, Manuel Fernando Palácios, anunciou que não o realizará o ENEM Digital nesse ano.
Essa versão foi criada em 2019, na gestão do ministro Abraham Weintraub, mas, apenas em 2021, durante a gestão de Alexandre Lopes no INEP, começou a ser de fato aplicada.
Ao anunciar a aplicação Lopes chegou a afirmar que esse era um projeto antigo que tinha sido abandonado pelas gestões anteriores.
Por que não vai ter mais Enem Digital?
A decisão de não realizar a versão digital do exame foi tomada com base em alguns fatores; um deles foi a baixa adesão. Na última edição do Enem, 2022, foram disponibilizadas 101.100 vagas para o exame digital, apenas 66.544 estudantes se inscreveram nessa modalidade.
Para piorar ainda mais a situação o índice de abstenções (faltas) do Enem Digital foi altíssimo, chegando a 51,3%, ou seja, apenas 32.376 estudantes comparecem para realizar as provas.
Além disso, o alto custo da aplicação também foi um determinante da suspensão, a prova digital custa R$ 860,00 por aluno, enquanto a impressa custa R$ 160. Na somatória, a prova impressa do Enem 2022 custou R$ 324 milhões e foi aplicada a 2 milhões de estudantes.
É importante lembrar que a aplicação digital requer muitos elementos, além da prova, como a estrutura física e de segurança, computadores e suporte técnico especializado.
O presidente do INEP afirmou que não há expectativa de que a aplicação do Enem Digital seja retomada no futuro. Com isso, todos os estudantes que fizerem o ENEM 2023 participarão do exame impresso.
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